Exterminar negros, nordestinos e homossexuais. O lema dos skinheads já deixou várias vítimas em São Paulo. Em abril deste ano, a Corte de Imigração de São Francisco, na Califórnia (EUA), concedeu asilo para o bancário brasileiro Joaquim de Abreu, de 43 anos, que sofreu um atentado, em São Paulo, em 1986, cometido por quatro skinheads. Justificativa da Justiça norte-americana: "O quadro persistente de insegurança (para gays no Brasil)".Abreu foi atacado pelo grupo Carecas do ABC. O caso do adestrador de cães Edson Neris da Silva, espancado até a morte por carecas na Praça da República, no dia 6 de fevereiro, ilustrou o pedido de asilo. Seis dias após o assassinato de Silva, horas antes da manifestação de grupos gays contra o crime, dois homossexuais foram mortos na região central. O primeiro assassinato ocorreu na Avenida do Estado, bairro do Pari. Everson de Souza da Costa, de 22 anos, foi esfaqueado.
A outra vítima foi encontrada morta na Rua General Jardim, na Santa Cecília. O rapaz, que não portava documentos, foi morto a tiro. Também em fevereiro deste ano, os skinheads foram apontados como os principais suspeitos de um atentado a bomba em um vagão de trem que trafegava entre as Estações Vila Clarice e Jaraguá. O explosivo era de fabricação caseira.
Leia mais:
» Prédio onde fica Anistia tem fama de mal-assombrado
» Entidades repudiam ações dos skinheads
» Funcionário que recebeu carta bomba vai deixar o País
» Grupos de skinheads estão confinados na periferia
» Aposentada confunde amostra grátis com bomba
» Skinheads podem ser enquadrados em quatro crimes
» Grupo gay denuncia que recebeu carta-bomba em SP
» Membro de grupo gay tem recebido ameaças há 2 meses