A falta de maiores informações sobre o remetente levou a aposentada Mirka Providello, de 77 anos, residente no bairro do Gonzaga, em Santos (SP), a suspeitar que poderia estar recebendo uma bomba, na pequena caixa de papelão, de aproximadamente 250 gramas, entregue no final da tarde de ontem, via sedex, na portaria do seu prédio.A suspeita aumentou, quando a aposentada ligou para o telefone existente no verso da encomenda e ouviu apenas uma mensagem gravada, que pouco adiantou sobre a remessa, que ela não havia solicitado. Na fita adesiva da embalagem havia o indicativo do laboratório Organon.
Impressionada com as notícias que leu nos jornais sobre o envio de bombas e, mesmo sem ter inimigos, Mirka tratou de ligar para a Polícia Militar, que imediatamente acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da capital.
Forte esquema de segurança foi armado em frente ao Condomínio Apollo para o exame da caixa. A embalagem foi aberta por meio de explosivo, revelando no seu conteúdo uma fita de vídeo, de propaganda, e uma caixa do medicamento Mercilon, um contraceptivo oral. O tenente Iron Sérgio Ferreira da Silva, que estava à frente da operação, considerou correta a conduta da aposentada, ao acionar a polícia, mas deu um conselho ao laboratório: "que tente contatar o destinatário, antes de encaminhar qualquer amostra grátis, a fim de evitar novos sustos".
Ao tomar conhecimento do conteúdo do pacote, a aposentada logo lembrou-se que deve ter recebido o medicamento, por integrar a comissão de educação do Clube das Soroptimistas de Santos, lidando freqüentemente com jovens.
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