Oftalmologista alerta sobre 5 riscos ao adiar cirurgia de catarata

Adiar a cirurgia de catarata pode parecer uma decisão inofensiva, mas o atraso no tratamento pode trazer sérias consequências à visão e à saúde ocular

15 out 2025 - 20h06

Adiar a cirurgia de catarata pode parecer uma decisão inofensiva, mas o atraso no tratamento pode trazer sérias consequências à visão e à saúde ocular. De acordo com o oftalmologista Dr. Marcelo Guedes, da Clínica de Olhos Avançada, a evolução natural da doença não apenas reduz progressivamente a acuidade visual, como também torna o procedimento mais complexo e o pós-operatório mais delicado.

A doença possui desenvolvimento lento mas se não for tratada pode comprometer a visão / Foto: Shutterstock
A doença possui desenvolvimento lento mas se não for tratada pode comprometer a visão / Foto: Shutterstock
Foto: Saúde em Dia

A catarata é uma condição caracterizada pela opacificação do cristalino — lente natural do olho —, que dificulta a passagem da luz até a retina. O problema é comum após os 60 anos, mas também pode surgir em pacientes diabéticos, após traumas ou uso prolongado de certos medicamentos.

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Abaixo oftalmologista dr. Marcelo alerta sobre os riscos de adiar a cirurgia da catarata:

1. Aumento do risco cirúrgico

Com o passar do tempo, o cristalino se torna mais endurecido e a catarata mais densa, o que torna a cirurgia tecnicamente mais difícil.

Esse endurecimento aumenta o risco de complicações, como ruptura da cápsula posterior, edema da córnea e inflamação pós-operatória.

2. Maior risco de quedas e acidentes

A perda de nitidez e a diminuição da percepção de profundidade aumentam significativamente as chances de quedas, tropeços e fraturas, principalmente entre idosos.

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Estudos apontam que pacientes submetidos à cirurgia de catarata apresentam redução importante no risco de acidentes domésticos e de trânsito.

3. Perda da independência e piora na qualidade de vida

A limitação visual decorrente da catarata interfere nas atividades cotidianas, como ler, cozinhar, dirigir ou reconhecer rostos.

Com isso, muitos pacientes passam a depender de familiares e cuidadores, o que pode causar isolamento social, ansiedade e depressão.

Realizar a cirurgia precocemente ajuda a preservar a autonomia e o bem-estar emocional.

4. Aumento da pressão intraocular - Glaucoma facomórfico

Quando a catarata se torna muito volumosa, pode bloquear o fluxo do humor aquoso, aumentando a pressão dentro do olho.

Essa condição, conhecida como glaucoma facomórfico, é uma emergência oftalmológica que pode levar à perda irreversível da visão se não for tratada a tempo.

5. Maior custo e tempo de recuperação

Cirurgias em estágios avançados da doença costumam ser mais longas e complexas, exigindo maior uso de tecnologia e cuidados adicionais no pós-operatório.

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O tempo de recuperação visual também é maior, e os resultados podem ser menos previsíveis em comparação aos casos operados precocemente.

Segundo o Dr. Marcelo Guedes, o ideal é não esperar que a catarata esteja em estágio avançado para realizar a cirurgia: "A decisão deve ser tomada assim que a visão começar a interferir nas atividades diárias. Quanto antes for feita, melhores são os resultados visuais e menor o risco de complicações", orienta o especialista.

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