Colar a orelha de abano como Ana Castela faz é perigoso?

26 nov 2025 - 04h59
Ana Castela revela que cola orelhas de abano
Ana Castela revela que cola orelhas de abano
Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Ana Castela, de 22 anos, movimentou  as redes sociais nesta semana ao contar, de forma franca, como lida com as chamadas “orelhas de abano”. Em um vídeo publicado para seus seguidores, a artista revelou que usa cola na parte de trás das orelhas para mantê-las mais próximas da cabeça, método que, segundo ela, virou uma solução prática depois de já ter tentado uma cirurgia que não trouxe o resultado esperado.

“A vida inteira sofri muito bullying por ter orelha de abano, já fizeram até um fake com a foto da minha orelha. Não pedi para nascer assim, não, minha gente”, desabafou a cantora, que relatou ter enfrentado situações constrangedoras desde a infância.

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Apesar do tom bem-humorado do vídeo, a revelação chamou a atenção de fãs e muitos se identificaram com o problema. A cirurgiã plástica Larissa Sumdjo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que aproximar as orelhas com adesivos próprios para a pele pode ser uma alternativa temporária, desde que o produto seja realmente indicado para uso dermatológico.

“Se a pessoa utilizar colas ou adesivos específicos para a pele, que não provoquem alergias, essa pode ser uma forma de disfarçar a proeminência”, afirma.

No entanto, produtos como super bonder podem representar um risco. “O uso de qualquer produto não adequado para a pele pode causar alergias, lesões cutâneas, ferimentos e outros danos. Além disso, o resultado pode nem ser o esperado”, alerta Larissa.

Existem cola própria para orelhas?

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Segundo a médica, o mercado tem lançado produtos que prometem manter as orelhas mais próximas da cabeça de forma discreta. Mas a recomendação é verificar se o adesivo é certificado para uso dermatológico e sempre fazer um teste prévio para evitar reações alérgicas.

“A utilização de colas como super bonder é contraindicada", reforça.

Quando a cirurgia é a melhor opção

Larissa explica que a orelha proeminente geralmente ocorre por uma alteração nas cartilagens — e, por isso, a única forma definitiva de correção é a otoplastia, procedimento que modifica exatamente essas estruturas.

“O uso de fitas ou adesivos apenas posiciona as orelhas para trás; não corrige a deformidade”, diz a cirurgiã.

Em casos como o da cantora, em que a correção cirúrgica não alcançou o resultado esperado, uma nova avaliação pode ser necessária. “A recidiva pode acontecer, e, dependendo do caso, uma segunda cirurgia pode ser indicada”, conclui.

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