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Por que nossos movimentos são mais lentos à medida que envelhecemos?

Reações custam mais energia e cérebro produz menos sensação de recompensa, sugere estudo

29 abr 2024 - 05h00
Por que nossos movimentos são mais lentos à medida que envelhecemos?
Por que nossos movimentos são mais lentos à medida que envelhecemos?
Foto: JLco - Julia Amaral

À medida que vamos ficando mais velhos, passamos a fazer os movimentos de maneira mais lenta e com menos agilidade. Mas por quê? Um grupo de pesquisadores da Universidade de Colorado - Boulder se propôs a investigar os motivos para a mudança de comportamentos. 

A pesquisa, publicada no jornal científico JNeurosci, considerou resultados de dois grupos. Em um deles as pessoas tinham entre 18 e 35 anos. Noutro os indivíduos tinham entre 66 e 87 anos. 

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Os participantes tiveram que controlar uma mão robótica para alcançar um alvo em uma tela. Os pesquisadores mediram o tempo de reação durante a tarefa e quanta energia foi gasta. 

Com menos precisão e estabilidade, faz sentido que pessoas mais velhas realizem movimentos com mais lentidão. Mas os pesquisadores sugerem outras explicações. 

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Teorias para a mudança na agilidade

Uma das hipóteses para os movimentos mais lentos em pessoas mais velhas é que os músculos trabalham de maneira menos eficiente e os movimentos custam mais energia. Os pesquisadores descobriram que os adultos mais velhos modificam seus movimentos sob certas circunstâncias para conservar seu limite de energia. 

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Outra hipótese é que à medida que envelhecemos, os cérebros produzem menos dopamina, que proporciona, por exemplo, uma sensação de satisfação após um trabalho bem executado. Assim, com uma sensação menor de recompensa, o esforço para chegar lá pode ser igualmente menor.

Recompensas afetam os resultados

Durante a pesquisa, os participantes foram informados que seriam recompensados se conseguissem alcançar o alvo. O estímulo fez com que todos os participantes reduzissem seu tempo em até 5% para chegar no alvo mais rápido. Mas os grupos reagiram de maneiras distintas. 

Enquanto os mais jovens moviam os braços mais rapidamente, os mais velhos começaram a mover os braços mais cedo. O tempo de reação dos jovens passou a ser mais rápido, depois que os pesquisadores acrescentaram pesos aos seus braços.  

Um dos autores da pesquisa, Dr. Robert Couter, disse, segundo um artigo publicado pela universidade, que o cérebro parece ser capaz de detectar mudanças pequenas na quantidade de energia que o corpo está usando e ajusta os movimentos. “Mesmo com apenas alguns quilos a mais, reagir mais rápido se tornou a opção energeticamente mais barata para obter a recompensa, então os jovens imitaram os adultos mais velhos e fizeram exatamente isso", disse. 

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Uma das cientistas responsáveis pela pesquisa, a professora Alaa Ahmed, disse que se for possível descobrir onde e como estas alterações emergem do corpo, especialistas podem ser capazes de desenvolver tratamentos para reduzir o impacto do envelhecimento e das doenças. “O motivo pelo qual nos movemos dessa maneira, desde os movimentos dos olhos até alcançar, caminhar e falar, é uma janela para o envelhecimento e o Parkinson”. 

Fonte: Redação Terra Você
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