Uma idosa de 98 anos com demência foi transferida de um lar de idosos na Inglaterra após gastar suas economias em cuidados médicos, gerando indignação da família pela decisão e pelas condições da nova residência.
-1jy4xe6ar6xx5.jpg "Brenda Miles, idosa expulsa de asilo")
Uma idosa de 98 anos foi forçada a deixar o abrigo Innage Grange, localizado em Bridgnorth, na Inglaterra, após a administração do local tomar conhecimento de que ela havia gasto suas economias — a quantia de £ 240 mil (cerca de R$ 1,7 milhão) — em cuidados médicos.
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De acordo com o jornal britânico The Sun, a viúva e portadora de demência Brenda Miles apresentou sinais de confusão ao chegar à nova residência. “Onde estão todos os meus amigos?”, teria perguntado, aflita.
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Encadernadora aposentada, ela viveu por cinco anos no Innage Grange, onde costumava pagar uma mensalidade de £ 4 mil (R$ 28 mil). No entanto, devido aos gastos que teve com saúde, suas economias caíram para menos de £23 mil (R$ 162 mil), valor mínimo exigido para solicitar ajuda do governo. Com isso, o Conselho de Shropshire recusou-se a cobrir os custos para mantê-la no local e a transferiu para a Hilton Brook House, um lar de idosos que cobra £2.400 (R$ 17 mil) por mês.
Repercussão do caso
Brenda Miles não tem filhos e é acompanhada apenas por sobrinhos, que criticaram duramente a decisão do governo. Victoria Fellows, de 41 anos, classificou a situação como abandono: “Como é possível submeter uma pessoa de 98 anos a tanta turbulência? Disseram-me que, quando a deixaram na nova casa, ela perguntou: ‘Onde estão todos os meus amigos?’ É de partir o coração.”
Os sobrinhos também afirmam que, além do impacto emocional, o novo local não atende a todas as necessidades da idosa. O quarto, por exemplo, não possui banheiro privativo, o que dificulta a mobilidade de Brenda, que precisa de cuidados 24 horas por dia. Além disso, a família relatou que nem todos os seus pertences pessoais foram levados, deixando fotos e lembranças no antigo quarto.
A situação de Brenda Miles gerou debate no Conselho no Parlamento local, mas, até o momento, não resultou em qualquer intervenção. Os sobrinhos alegam que ela se sentia confortável e bem assistida na residência anterior e que a mudança lhe causou sofrimento desnecessário.
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