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Beleza sem sustos: infectologista alerta para riscos em procedimentos minimamente invasivos

Mesmo com a febre da Quiet Beauty em 2025, especialista reforça cuidados preventivos essenciais para evitar complicações e infecções graves

16 dez 2025 - 19h03

A busca pela estética natural ganhou força entre os brasileiros. Impulsionada pela tendência Quiet Beauty, que valoriza resultados sutis e procedimentos minimamente invasivos, a procura por técnicas faciais cresceu significativamente em 2025. Rinomodelação, bioestimuladores, microagulhamento, laser, toxina botulínica e preenchimentos estão entre os queridinhos do público. Mas, diante da popularização, surge a dúvida: quais os riscos para a saúde?

Com a popularização dos procedimentos estéticos minimamente invasivos, especialistas alertam para riscos à saúde; entenda
Com a popularização dos procedimentos estéticos minimamente invasivos, especialistas alertam para riscos à saúde; entenda
Foto: Reprodução: Canva/Konstantin Postumitenko / Bons Fluidos

A crença de que tais procedimentos são simples e sem riscos não é correta. Para a Sociedade Brasileira de Dermatologia, (SBD), a atuação de profissionais qualificados evita complicações como intoxicações, alergias, manchas, infecções, cicatrizes permanentes e até sequelas mais graves.

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A infectologista Dra. Jéssica Ramos reforça que prevenção é a palavra-chave: "Mesmo os procedimentos minimamente invasivos que não utilizam anestesia também são passíveis de riscos. Por isso, é fundamental colocar no topo da lista de prioridades para 2026 buscar um profissional capacitado e de confiança".

Falhas de segurança ainda preocupam

Uma inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizada em fevereiro de 2025 em 31 estabelecimentos estéticos das regiões Sudeste e Centro-Oeste, encontrou problemas recorrentes, incluindo: falhas na limpeza e esterilização de materiais; produtos injetáveis manipulados; medicamentos vencidos ou sem registro; descarte incorreto de resíduos; ausência de consentimento informado; omissão sobre possíveis riscos; tratamento ou dose inadequados; falha no reconhecimento de complicações ou lesões.

Cuidado é essencial

Para a Dra. Ramos, o cuidado não acaba no consultório. "Infecções decorrentes de procedimentos estéticos podem ser graves e exigir longa recuperação", ressalta. As mais frequentes incluem:

  • Staphylococcus aureus (incluindo MRSA): associada a infecções de pele, abscessos e até septicemia;
  • Pseudomonas aeruginosa: comum em ambientes hospitalares, pode infectar feridas e causar quadros severos;
  • Mycobacterium: exige tratamento prolongado com antibióticos;
  • Escherichia coli (E. coli): quando introduzida na pele, pode causar infecção intensa e aguda.

"Por isso, seja criterioso ao escolher o local e o profissional para a realização do seu procedimento estético. Lembre-se: beleza e saúde andam juntas", finaliza a especialista.

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Sobre a especialista

Dra. Jessica Ramos é graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com residência médica em Infectologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e doutorado em Ciências também pela USP. A especialista integra o Núcleo de Infectologia do Hospital Sírio-Libanês e é membro de importantes comitês de doenças infecciosas, entre eles da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

*Fonte: Medellin Comunicação

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