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Reservatórios de água da Grande SP registram menor nível desde a crise hídrica de 2015

Sabesp descarta risco de desabastecimento, mas alerta população para necessidade de uso consciente da água

21 ago 2025 - 04h59
Resumo
Reservatórios da Grande São Paulo atingem o menor nível desde 2015, mas Sabesp descarta racionamento e reforça a necessidade de economia de água, prevendo melhora com as chuvas a partir de outubro.
Vista do Reservatório de Guarapiranga, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 20 de agosto de 2025. O nível dos reservatórios dos sete sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo caiu neste ano. O volume de água armazenado é o menor desde 2015, quando a região sofreu a maior crise hídrica da história.
Vista do Reservatório de Guarapiranga, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 20 de agosto de 2025. O nível dos reservatórios dos sete sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo caiu neste ano. O volume de água armazenado é o menor desde 2015, quando a região sofreu a maior crise hídrica da história.
Foto: MARCO AMBROSIO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo estão no menor nível desde a crise hídrica de 2015. Nesta quarta-feira, 20, o Sistema Integrado Metropolitano (SIM), formado por sete mananciais, registrava apenas 39,6% da capacidade. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pela distribuição de água e tratamento de esgoto no estado, no entanto, diz que não há risco de racionamento neste momento.

Segundo a diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Sabesp, Samanta Souza, em entrevista ao Terra, este é o menor nível de reservação dos últimos 10 anos, desde a crise hídrica de 2015, quando o nível chegou a 11,8%.

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O dado preocupa porque reflete um período de estiagem severa. Em julho, choveu apenas 27% da média histórica. Apesar disso, Samanta reforça que o cenário atual é diferente do que aconteceu em 2015. Ela ressalta que as obras da Sabesp ampliaram a capacidade da rede de abastecimento.

"Naquela época, nós não tínhamos o Sistema São Lourenço, que foi concluído em 2018 e trouxe uma capacidade de mais de 5 metros cúbicos por segundo de abastecimento na região metropolitana. Tivemos também a transferência do Jaguari para o Atibainha, além da ampliação da estação do Guarapiranga e do sistema Rio Grande, no ABC", explica.

Dados da Sabesp desta quarta-feira, 20, mostram volume total dos mananciais em 39,6%
Foto:

Mesmo com o resultado das obras, que permitiram que diferentes regiões sejam abastecidas a partir de mais de uma fonte, o momento é de atenção. 

"Apesar de ser, de fato, o pior índice dos últimos 10 anos, a situação atual de reserva na região metropolitana de São Paulo é bastante distinta daquela apresentada no período da crise hídrica. O que não nos permite deixar de ter atenção para a situação", reforça.

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Vista do Reservatório de Guarapiranga, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 20 de agosto de 2025. O nível dos reservatórios dos sete sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo caiu neste ano. O volume de água armazenado é o menor desde 2015, quando a região sofreu a maior crise hídrica da história.
Foto: MARCO AMBROSIO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

"De fato, é um momento de alerta, onde a Sabesp, junto com todos os órgãos reguladores que tratam sobre esse sistema, está atuando para que a gente mantenha essa segurança hídrica e termine esse período sem chuvas sem grandes impactos. E também a gente conta com a colaboração da população na economia de água", continua Samanta.

A expectativa é que, com a chegada do período úmido, que acontece de outubro a março, os mananciais recuperem parte de sua capacidade e a região atravesse o próximo período seco sem impactos significativos no abastecimento.

Dicas para economizar água

Para atravessar o período seco sem grandes impactos, a Sabesp orienta que os moradores adotem medidas simples de economia no dia a dia:

  • Reduzir o tempo de banho para até cinco minutos;
  • Fechar a torneira ao ensaboar a louça e enxaguar tudo de uma vez;
  • Reaproveitar a água que sai do chuveiro enquanto aquece, utilizando-a para limpar a casa ou dar descarga;
  • Evitar o uso de mangueiras para lavar calçadas, optando por pano úmido ou balde.

Para Samanta, a soma de pequenas atitudes pode fazer diferença. "Uma descarga leva seis litros de água. Se cada um economizar uma descarga por dia, a gente traz uma economia gigantesca para o manancial. São pequenas ações, grandes resultados nesse momento", pontua.

Fonte: Redação Terra
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