Pesquisa aponta que a Geração Z é a mais preocupada com mudanças climáticas, com 44% considerando o tema prioritário, enquanto o plástico é o material mais reciclado no Brasil, mas enfrenta desafios devido à falta de coleta seletiva e barreiras informacionais.
A atenção aos efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global é maior entre os mais novos, de 16 a 24 anos. É o que mostra a pesquisa “Hábitos Sustentáveis & Percepções sobre o Plástico”, realizada pela Nexus encomendada pelo Sindiplast, Sindicato Indústria Material Plástico Estado São Paulo.
Segundo o levantamento, 44% dessa faixa etária citam o tema como prioridade. O índice cai para 36% entre pessoas de 25 a 40 anos, 29% entre 41 e 59 anos e 22% entre quem tem 60 anos ou mais.
O levantamento entrevistou 2.009 brasileiros com 16 anos ou mais, em todas as 27 unidades da federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Plástico é o material mais reciclado no país
Segundo a pesquisa, o plástico lidera a lista de materiais mais separados para reciclagem, e é citado por 90% dos entrevistados que afirmaram separar resíduos em casa. Na sequência, aparecem o alumínio (73%), o papel/papelão/jornal (68%) e o vidro (68%).
No entanto, a falta de coleta seletiva é apontada como o principal entrave para a reciclagem de embalagens plásticas, com 35%, seguida por falta de hábito, esquecimento de separar e ausência de informação sobre reciclagem com 29%, revelando que, apesar da consciência ambiental, ainda há barreiras estruturais para transformar atitudes individuais em resultados concretos.
“O plástico é um dos materiais mais recicláveis e de menor impacto ambiental: consome pouca água, pode ser reutilizado diversas vezes e tem baixa pegada de carbono. Ainda assim, seu reaproveitamento em larga escala no Brasil enfrenta desafios estruturais que precisam ser superados para que o material atinja todo o seu potencial sustentável”, afirma Paulo Teixeira, diretor-superintendente do Sindiplast.