Sede da próxima COP é definida após impasse; veja onde vai ser

Turquia sediará a COP-31 após acordo com Austrália, que irá receber acordos preparatórios

20 nov 2025 - 08h52
(atualizado às 08h59)
Resumo
Turquia sediará a COP-31 em 2026 após acordo com a Austrália, que presidirá as negociações preparatórias com foco no financiamento climático no Pacífico, gerando críticas de países insulares.
Austrália e Turquia são vizinhos na zona azul da COP-30, com pavilhões de destaque em frente ao do Brasil. Os dois países disputaram a sede da COP-31, mas entraram em acordo após negociações durante a conferência em Belém.
Austrália e Turquia são vizinhos na zona azul da COP-30, com pavilhões de destaque em frente ao do Brasil. Os dois países disputaram a sede da COP-31, mas entraram em acordo após negociações durante a conferência em Belém.
Foto: Felipe Frazão/Estadão / Estadão

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou como uma "grande vitória" a decisão de ceder à Turquia a sede da cúpula climática de 2026, mas os países insulares do Pacífico expressaram desapontamento, pois esperavam que o fórum abordasse sua situação diante do aquecimento global. A Austrália desistiu de sua aspiração de sediar a COP31 depois que a Turquia, o outro candidato, se recusou a recuar.

Sob um acordo alcançado nesta quarta-feira, 19, durante a COP30, em Belém, a Turquia sediará a COP31, enquanto a Austrália presidirá as negociações pré-cúpula.

Publicidade

Albanese garantiu que haverá uma pré-COP focada no financiamento climático no Pacífico, que ajudará a aumentar a preocupação com os desafios enfrentados por essa região.

Esse encontro "nos permitirá priorizar as questões enfrentadas pelo Pacífico", incluindo "a própria existência de países como Tuvalu e Kiribati, a questão dos oceanos, a questão dos outros impactos", declarou o líder australiano.

Mas o ministro das Relações Exteriores de Papua Nova Guiné disse à AFP que se sente "decepcionado". "Nem todos estamos felizes", afirmou à Justin Tkatchenko, que reclamou que o processo da COP é uma perda de tempo.

"O que as COPs conseguiram ao longo dos anos? Nada", afirmou o diplomata. "É só conversa e não responsabiliza os grandes poluidores", reclamou.

Publicidade

Por sua vez, um ex-primeiro-ministro de Tuvalu — um minúsculo país insular que pode se tornar inabitável devido ao aumento do nível do mar — afirmou que a decisão mostra a falta de compromisso da Austrália "com a justiça climática".

"Os países do Pacífico devem repensar seriamente suas relações com a Austrália", declarou Bikenibeu Paeniu.

A proposta da Austrália previa a realização da cúpula no país em conjunto com vários países do Pacífico./ Fonte: AFP

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações