Turquia sediará a COP-31 em 2026 após acordo com a Austrália, que presidirá as negociações preparatórias com foco no financiamento climático no Pacífico, gerando críticas de países insulares.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou como uma "grande vitória" a decisão de ceder à Turquia a sede da cúpula climática de 2026, mas os países insulares do Pacífico expressaram desapontamento, pois esperavam que o fórum abordasse sua situação diante do aquecimento global. A Austrália desistiu de sua aspiração de sediar a COP31 depois que a Turquia, o outro candidato, se recusou a recuar.
Sob um acordo alcançado nesta quarta-feira, 19, durante a COP30, em Belém, a Turquia sediará a COP31, enquanto a Austrália presidirá as negociações pré-cúpula.
Albanese garantiu que haverá uma pré-COP focada no financiamento climático no Pacífico, que ajudará a aumentar a preocupação com os desafios enfrentados por essa região.
Esse encontro "nos permitirá priorizar as questões enfrentadas pelo Pacífico", incluindo "a própria existência de países como Tuvalu e Kiribati, a questão dos oceanos, a questão dos outros impactos", declarou o líder australiano.
Mas o ministro das Relações Exteriores de Papua Nova Guiné disse à AFP que se sente "decepcionado". "Nem todos estamos felizes", afirmou à Justin Tkatchenko, que reclamou que o processo da COP é uma perda de tempo.
"O que as COPs conseguiram ao longo dos anos? Nada", afirmou o diplomata. "É só conversa e não responsabiliza os grandes poluidores", reclamou.
Por sua vez, um ex-primeiro-ministro de Tuvalu — um minúsculo país insular que pode se tornar inabitável devido ao aumento do nível do mar — afirmou que a decisão mostra a falta de compromisso da Austrália "com a justiça climática".
"Os países do Pacífico devem repensar seriamente suas relações com a Austrália", declarou Bikenibeu Paeniu.
A proposta da Austrália previa a realização da cúpula no país em conjunto com vários países do Pacífico./ Fonte: AFP
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