A Nova Zelândia foi a grande ganhadora do 'Fóssil do Dia' nesta segunda-feira, 17, que dá início à segunda e última semana de negociações da 30ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30). O 'antiprêmio' criado pela Climate Action Network-International (CAN), uma rede de organizações que reúne mais de 130 países, escolhe o país que mais atrapalhou as negociações do dia.
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"Hoje temos uma palavra empolgante para falar porque é... invisível. Isso mesmo, porque é metano, o gás de efeito estufa invisível. Não é como o CO², que permanece 200 anos na atmosfera, este é o amigável metano agrícola", ironizou o organizador da premiação antes de revelar quem era o ganhador do dia.
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Em seguida, ele chamou uma pessoa da plateia ao palco para ser vaiada enquanto recebia o prêmio pelo país oceânico. "Os representantes da Nova Zelândia afirmam que as emissões das nossas vacas não estragam realmente o clima. Hoje, na COP30, a Nova Zelândia recebe o prêmio por enfraquecer sua meta de metano em meio a uma crise de metano - e fazer isso insistindo que está tudo bem", afirmou.
De acordo com a CAN, a Nova Zelândia se "acovardou" em relação à meta de reduzir a emissão de metano do país. "Esse era o momento de coragem da Nova Zelândia, mas em vez disso decidiu se acovardar. A medida, que chocou observadores, mas encantou o lobby da pecuária. O governo reduziu silenciosamente sua meta de emissões de metano de 47% para 40%", acrescentou.
O "Fóssil do Dia", que é simbólico e irônico, foi criado em 1999 e é entregue uma vez por dia durante a Conferência das Partes. O nome faz alusão ao uso de combustíveis fósseis, principais emissores de gás carbônico na atmosfera. A "honraria", no entanto, não integra a agenda oficial do evento.
