O IBGE divulgou uma nova versão do mapa-múndi invertido nas redes sociais para destacar o Pará e Belém como centro do planeta durante a COP30, gerando repercussão e debates sobre representações cartográficas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na noite de terça-feira, 11, compartilhou uma nova versão do mapa-múndi em seu perfil oficial no Instagram. Para celebrar a COP30, realizada em Belém, o instituto colocou o estado do Pará no centro da imagem.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
"Para marcar o compromisso de construir uma transição ecológica justa e sustentável que ganha destaque, o IBGE preparou um mapa-múndi invertido especial", iniciou a organização na legenda da postagem.
"Ele traz uma nova perspectiva do planeta, colocando o Pará e Belém no centro — a capital simbólica do Brasil durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima", completou o texto.
Relembre
A nova versão do mapa chega meses após o IBGE divulgar uma outra edição do mapa-múndi invertido. Em maio de 2025, a organização movimentou as redes sociais ao publicar o exemplar, que acabou colecionando críticas e virando piada entre internautas. Na época, a Coordenação do Núcleo Sindical Chile, que representa parte dos trabalhadores, chegou a emitir uma nota crítica ao mapa.
Em seu posicionamento, o sindicato afirmava que "o mapa que colocava o Brasil no centro do mundo era algo que em vez de informar, distorcia; em vez de representar a realidade com rigor, criava uma encenação simbólica que comprometia a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente”.
Por causa da repercussão, o IBGE justificou a publicação do mapa mencionando ao público, argumentando que "a maior parte do mundo está acostumada a ver a América do Norte no Norte e a América do Sul no Sul, mas essa representação não é a única possível e nem a única que foi registrada durante a história".
"Não existe uma razão técnica para colocar os pontos cardeais nas direções convencionais e, portanto, a representação tradicional é tão correta quanto a representação invertida", afirmou o órgão, na época.