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Conversar com bebês pode ajudar a formar adolescentes inteligentes

Estudo descobriu que quanto maior o número de diálogos com os pequenos, melhores eram os resultados em testes 10 anos depois

11 set 2018 - 10h18

Você conversa com seu filho bebê? Mesmo parecendo que eles não entendem, até antes de eles poderem responder, falar com os pequenos pode ser importante para toda a vida. Um estudo descobriu que as crianças que tinham mais diálogos com adultos apresentavam melhores resultados em testes de inteligência e linguagem quando eram adolescentes. 

Por Monkey Business Images/Shutterstock
Por Monkey Business Images/Shutterstock
Foto: Getty Images / Minha Vida

A pesquisa começou em 2006 envolvendo quase 150 famílias norte-americanas, com filhos à época que tinham de 2 a 36 meses (2 anos e meio). Usando um software que analisa a linguagem, os pesquisadores gravaram um dia por mês da rotina destas famílias, durante seis meses. Eles buscavam medir o número de diálogos que envolviam as crianças.

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Mais tarde, quando as crianças tinham de 9 a 14 anos, os pesquisadores aplicaram testes de QI, pensamento e linguagem.

O estudo descobriu que a contagem de diálogos que aconteceram quando as crianças tinham entre 1 ano e meio e 2 anos representou de 14 a 27% de diferenças nestas habilidades testadas.

"Os pais precisam estar cientes da importância de interagir com crianças que são muito jovens e nem necessariamente falam. Quanto mais interação, melhor", disse Jill Gilkerson, diretor de pesquisa em linguagem infantil da Fundação LENA em Boulder, no Colorado, ao site Health Day.

Estimulando o bebê a falar

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Há maneiras de estimular o bebê a falar as primeiras palavras. As fonoaudiólogas Debora Befi-Lopes, coordenadora do Departamento de Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Ana Paula Bautzer, da Clínica de Especialidades Integrada e Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas, deram dicas para os pais.

 

-Diga sempre a pronúncia correta: Desde os primeiros meses, o bebê tenta imitar o que vê: movimentos de boca, piscadas de olhos, sorrisos, entre outras ações. Com os sons, não é diferente.;Falar da forma natural: Não fique infantilizando a voz quando for falar com o bebê, como falar no diminutivo e em tom mais fino;Olhe para ele e mostre a sua boca: O contato visual é muito importante para estimular a afetividade e serve de incentivo para o bebê se espelhar em você.;Cuidado com a euforia: Quando o bebê começa a balbuciar as primeiras palavras, vale incentivá-lo mostrando que você está contente, mas isso tem limite. Procure deixá-lo confortável, evitando gritar ou chamar a família toda ao menor sinal de balbucio.;Peça ajuda do irmão mais velho: Pedir para o irmão que brinque com o bebê também faz com que o mais velho se sinta importante em vez de excluído. Se o bebê for o primeiro filho, vale a pena procurar o contato com outras crianças.;Não deixe a criança acomodada:Mimar demais prejudica tanto o comportamento quanto o desenvolvimento do bebê. Se tudo o que ele quer está na frente dele toda hora, sem precisar chorar, apontar, tentar balbuciar ou fazer qualquer sinal, não há estímulo para que ele melhore a comunicação.;Brinque bastante: O ato de brincar também é ensinar. O bebê que vive em um ambiente estressante e cheio de tensões pode ter mais dificuldades para se desenvolver de forma saudável.;Desligue rádio, televisão e computador: A competição da fala dos pais com o som de outros aparelhos pode atrapalhar o entendimento e a concentração do bebê.;Aproveite situações da rotina: Aproveite para contar histórias, cantar músicas e dizer o que você está fazendo com ele na hora do banho, de dormir ou em outros momentos do dia.

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