Apresentados há 66 anos, os BMW 503 e 507 são considerados dois dos modelos mais importantes da história da marca alemã. Projetados pelo até então desconhecido designer Albrecht Graf Goertz, ambos chamaram a atenção do público no Salão do Automóvel de Munique em 1955 pelo belo visual e o ótimo desempenho para a época. O BMW 507 ficou marcado por conquistar o coração do Rei do Rock, Elvis Presley.
Os dois modelos ajudaram a moldar os rumos da montadora até o que ela é atualmente. O carro é tão importante que há cerca de quatro anos o 507 que pertenceu a Elvis Presley foi restaurado. Foram dois anos de trabalho para deixar o BMW 507 conversível de Elvis Presley restaurado. O 507 se posicionou como um dos automóveis do Rei do Rock quando ele prestava serviço militar na Alemanha. O carro ficou “desaparecido” durante quase 50 anos.
Tanto o BMW 503 quanto o 507 eram equipados com um motor 3.2 V8 semelhante ao utilizado no antigo BMW 502. A potência era de 140 cv no grã-turismo 503, que chegava aos 190 km/h de velocidade máxima. Já no caso do BMW 507, a potência subia para 150 cv. Além disso, o esportivo atingia uma velocidade máxima de 220 km/h, um resultado impressionante para a época e bom até os dias de hoje.
O BMW 503 era um modelo grã-turismo nos moldes clássicos. Disponível nas carrocerias cupê ou conversível, ambas com capacidade para quatro passageiros. O modelo trazia acabamento luxuoso e privilegiava o conforto, podendo ser dirigido por grandes distâncias. Para uma melhor distribuição do peso, a caixa de câmbio foi enviada para trás, ficando sob os bancos dianteiros.
Por fora, o destaque do BMW 503 era a grade duplo rim de dimensões menores, em posição vertical. De acordo com a BMW, o formato menor foi possível graças à grade do radiador, que tinha ventilação lateral dupla. Na Alemanha, os clientes também podiam optar por um teto operado eletricamente para a versão com capota de lona.
Já o BMW 507 era um carro totalmente diferente. Com carroceria baixa e de perfil esguio e musculoso, o esportivo é considerado um dos carros mais bonitos da história da montadora alemã. O 507 também foi o primeiro modelo da BMW a apresentar duas grandes entradas de ar posicionadas horizontalmente e a contar com uma frente em ângulo dinâmico. Conhecido como "Sharknose", o recurso lembra um nariz de tubarão, e inspirou outros modelos da marca, como os Série 3, 5 e 7 até os anos 90.
Os dois carros eram assinados pelo designer alemão Albrecht Graf von Goertz, que trabalhava em um estúdio em Nova York. Inspirado nos carros do cenário Hot Rod californiano, o designer descobriu uma paixão pelo design de automóveis. Até então desconhecido, Albrecht se tornou rapidamente um dos nomes mais importantes do setor nos anos seguintes ao projetar os modelos BMW 503 e 507.
Mesmo chamando a atenção do público e até de personalidades da época, como o famoso caso do cantor Elvis Presley, ambos os modelos não tiveram vida longa no mercado, devido aos elevados custos de produção. Para reduzir o peso, os BMW 503 e 507 contavam com carroceria feitas de alumínio, moldadas de forma quase artesanal. Inicialmente projetado para ser mais em conta do que o Mercedes 300 SL Roadster, o BMW 507 era vendido pelo dobro do planejado inicialmente.
O esportivo BMW 507 teve apenas 251 unidades produzidas entre 1956 até 1959, enquanto o BMW 503 registrou somente 412 exemplares -- 273 cupês e 139 conversíveis -- feitos até 1960. Com isso, ambos se tornaram carros bastante raros e cobiçados entre os fãs da marca alemã, que passou a apostar também em modelos mais em conta, como o BMW 1500.
