Rio Grande do Sul conquista título inédito no futsal Down nas Olimpíadas das Apaes em Brasília

Delegação gaúcha voltou para casa com 30 medalhas, sendo 12 de ouro, oito de prata e 10 de bronze. Trilegal apoia projetos das Apaes no estado

17 dez 2025 - 14h28

A vitória histórica do futsal Down marcou a participação da delegação gaúcha na XXIV Olimpíadas Especiais das Apaes, realizadas entre os dias 8 e 13 de dezembro, em Brasília (DF). O Rio Grande do Sul é o primeiro campeão nacional da modalidade, que estreou nesta edição, reforçando o protagonismo do estado em uma competição que reuniu esporte, inclusão e histórias de superação.

Foto: imagem meramente ilustrativa / FEAPAES-RS /Divulgação / Porto Alegre 24 horas

A delegação gaúcha, composta por 100 atletas de 23 cidades, voltou para casa com 30 medalhas, sendo 12 de ouro, oito de prata e 10 de bronze. "A participação do Rio Grande do Sul foi muito positiva. Os atletas deram o melhor de si, viveram experiências riquíssimas, cresceram em autonomia e voltaram muito satisfeitos, não apenas pelos resultados, mas por tudo o que representou estar em uma Olimpíada Nacional das Apaes", explica o professor Paulo José Antoni, coordenador de Educação Física da FEAPAES-RS e professor da Apae de Portão.

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Futsal Down faz história

O futsal Down foi o grande destaque da campanha gaúcha. Em sua primeira edição em uma Olimpíada Nacional, a equipe do Rio Grande do Sul venceu todas as partidas disputadas, terminou a competição invicta e sem sofrer gols, garantindo o título inédito. "Foi a primeira vez que teve futsal Down na Olimpíada Nacional, e fomos os primeiros campeões", celebrou Antoni.

Bocha garante medalhas em três classes

Outro desempenho expressivo veio da bocha paralímpica. O Estado conquistou três medalhas nas quatro classes disputadas, com uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze, resultado considerado altamente positivo pela comissão técnica.

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Atletismo, ginástica e esportes coletivos reforçam campanha

O atletismo também teve papel relevante na campanha gaúcha, com provas realizadas mesmo após interrupções climáticas. "O atletismo foi muito bom. Mesmo quem não medalhou deu o melhor de si. O mais importante é que eles estavam muito satisfeitos", avaliou Antoni.

Na ginástica rítmica, o Rio Grande do Sul conquistou quatro medalhas de ouro, enquanto o futebol sete chegou às semifinais e terminou a competição em quarto lugar, enfrentando adversários tradicionais como Rio de Janeiro e São Paulo. O futsal masculino encerrou a participação em terceiro lugar da Série B, e o futsal feminino ficou na quarta colocação, com destaque para o espírito esportivo das atletas.

Histórias que vão além do pódio

Mais do que resultados, a Olimpíada foi marcada por trajetórias de superação. A professora Cristiane Machado de Souza, da Apae de Rio Pardo, destacou a experiência de um aluno do interior do município que foi até Brasília competir. "Era um aluno que nunca tinha saído para lugar nenhum. Foi a primeira vez que ele viajou de avião e participou de uma Olimpíada", conta.

A treinadora Ligia Vincensi de Miranda lembrou a trajetória da atleta Kauane, da ginástica rítmica, que perdeu a casa em um incêndio pouco antes da competição. "Ela precisou de apoio psicológico e de toda a equipe da Apae. Mesmo assim, conseguiu estar aqui, firme, forte, representando o nosso estado", comentou.

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Para Luciana de Souza Rodrigues, mãe de aluno da Apae, a instituição representa mais do que atendimento educacional. "A Apae é a nossa segunda casa. O amor e o acolhimento fizeram toda a diferença", diz. Já a presidente da Apae de Rio Pardo, Viviane Maria da Rocha Goulart, reforça o impacto das oportunidades oferecidas e quanto o esporte muda a vida dos atletas: "deficiência não define, oportunidade transforma".

Além das competições, os atletas tiveram acesso a uma estrutura diferenciada, com espaços de lazer, tecnologia e convivência. "Nunca houve uma estrutura assim. Foi uma celebração regada a esporte e bons resultados", resumiu Antoni, acrescentando que a Olimpíada deixou marcas que vão muito além das medalhas. "Mesmo que os resultados fossem outros, nós voltaríamos felizes. Todos viveram momentos incríveis", conclui.

O Trilegal, apoiador dos projetos das Apaes no Rio Grande do Sul, é parceiro histórico de iniciativas sociais, esportivas e de impacto comunitário. O apoio às entidades gaúchas reforça o compromisso com a inclusão, a cidadania e o reconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência.

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