Pompeo criou "bom relacionamento com Kim" em visita à Coreia do Norte, diz Trump

18 abr 2018 - 11h03

O diretor da CIA, Mike Pompeo, indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para se tornar seu novo secretário de Estado, visitou a Coreia do Norte na semana passada e se encontrou com o líder Kim Jong Un, com o qual desenvolveu um "bom relacionamento", disse Trump nesta quarta-feira.

Pompeo é o funcionário norte-americano mais graduado a se encontrar com Kim quando visitou Pyongyang para preparar o encontro com Trump. 

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"Mike Pompeo se encontrou com Kim Jong Un na Coreia do Norte na semana passada. O encontrou foi muito tranquilo e um bom relacionamento foi formado. Os detalhes da cúpula estão sendo acertados agora. A desnuclearização será uma coisa ótima para o mundo, mas também para a Coreia do Norte!", escreveu Trump no Twitter.

A visita de Pompeo e o tuíte foram o sinal mais forte até o momento da disposição de Trump para se tornar o primeiro presidente norte-americano no cargo a se encontrar com um líder norte-coreano em meio a prolongado impasse prolongado causado pelos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang, desenvolvidos em desafio a resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Autoridades dos EUA já haviam dito que a visita de Pompeo ocorreu entre os dias 31 de março e 2 de abril. Representantes da Casa Branca e do Departamento de Estado não responderam de imediato a uma pergunta sobre a data exata da reunião com Kim.

Ao mesmo tempo, as antigas rivais Coreia do Norte e Coreia do Sul estão preparando sua própria cúpula entre Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para o dia 27 de abril e o empenho de encerrar formalmente a Guerra da Coreia de 1950-53 será um dos principais itens em pauta.

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A Coreia do Sul e uma força da ONU encabeçada pelos EUA ainda estão tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte, já que a Guerra da Coreia terminou com uma trégua, não um tratado de paz. O Comando das Nações Unidas, liderado por Washington, forças chinesas e a Coreia do Norte assinaram o armistício de 1953, do qual a Coreia do Sul não é signatária.

"Não sei se algum comunicado conjunto a ser acertado na cúpula intercoreana incluiria um palavreado sobre o encerramento da guerra, mas certamente esperamos conseguir incluir um acordo para encerrar atos hostis entre o Sul e o Norte", disse o funcionário.

Na terça-feira Trump disse apoiar esforços das duas Coreias para acabar com o estado de guerra.

Tais conversas entre as duas Coreias, e entre Pyongyang e os EUA, teriam sido impensáveis no final do ano passado devido aos meses de tensão crescente e ao temor de uma guerra, provocados pelos programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.

Mas Kim declarou em discurso de Ano Novo que seu país é "uma potência nuclear amante da paz e responsável" e defendeu tensão militar menor e relação melhor com Seul.

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