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'Não podia ter contato com ninguém', diz socialite que acusa ex-motorista de mantê-la presa por 10 anos

Regina Gonçalves afirma que foi mantida em cárcere privado no próprio apartamento em Copacabana

28 abr 2024 - 23h03
Socialite Regina Gonçalves em entrevista ao Fantástico
Socialite Regina Gonçalves em entrevista ao Fantástico
Foto: Reprodução/Fantástico

A socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, afirma que foi mantida em cárcere privado por 10 anos pelo seu ex-motorista particular, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, no prestigiado Edifício Chopin, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, Regina é viúva e não tem filhos. Ela herdou a fortuna bilionária quando o marido, Nestor Gonçalves, que era fazendeiro e empresário, morreu há 30 anos. Ele também foi dono do parque gráfico que produzia os baralhos Copag, populares no País. 

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Regina era famosa por promover festas luxuosas, mas nos últimos dez anos deixou de ser vista nas áreas comuns do prédio, levantando preocupações entre vizinhos e amigos.

Uma denúncia anônima sobre seu desaparecimento foi feita ao Ministério Público do Rio em maio de 2022. Na ocasião, conhecidos relataram tentativas frustradas de contato com ela e que seus telefones estavam sob o controle de José Marcos, sempre pronto a responder, seja por telefone ou pessoalmente, com evasivas e desculpas alegando que Regina estava doente.

A socialite afirma que José Marcos a mantinha isolada. "Ele pegava celular.... Eu vivia assim... Sem poder ter contato com ninguém. E tudo do jeito que ele pensava e depois saía, eu ficava. Eu ficava em cativeiro", afirmou ao programa da TV Globo.

Regina alega que contratou José Marcos como motorista em 2010, enquanto ele afirma à Justiça que a relação deles não era apenas profissional. "Ele era apenas um chofer e um chofer sem condições", disse ela.

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O Fantástico obteve acesso a documentos que integram uma disputa judicial pela tutela de Regina e de seu patrimônio. José Marcos afirma ter mantido um relacionamento amoroso com ela, alegando ser seu esposo, o que ela refuta.

Uma escritura de união estável, datada de 2021, foi registrada quando Marcos tinha 50 anos e Regina, 85. No documento, atesta-se que ambos estavam mentalmente aptos, especialmente Regina, sendo apresentado dois pareceres psiquiátricos sobre a saúde dela.

Em dezembro de 2023, José Marcos apresentou à Justiça um terceiro laudo de outro psiquiatra, que contradizia os anteriores. Alegava que Regina sofria de demência avançada com grave déficit cognitivo, tornando-a incapaz para atos civis.

Ao tomar conhecimento disso, Regina ficou furiosa. Após quase 14 anos ao lado de José Marcos no apartamento, Regina conseguiu sair sozinha em 2 de janeiro deste ano, indo para a casa de seu único irmão ainda vivo, que também reside em Copacabana.

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"Eu resolvi fugir. Resolvi pôr um final nisso. O dia que eu fui procurar a casa do meu irmão, falei, cheguei, eles assustaram. Eu havia emagrecido mais de 30 quilos. Tava osso puro", afirmou ela.

A família, chocada com o estado de saúde dela, solicitou uma ordem de proteção para Regina. A medida foi concedida pela Justiça no dia seguinte, ordenando que José Marcos se mantivesse a pelo menos 250 metros de distância dela.

Em 6 de janeiro, policiais foram até o apartamento. Entretanto, os porteiros relataram que José Marcos saiu assim que avistou a viatura. Dias depois, José Marcos alegou à Justiça que Regina saiu de casa devido a um surto decorrente de seu estado de fragilidade e confusão mental.

Apesar da ordem de proteção, ele obteve na Justiça o direito de ser o curador dela, recebendo autoridade para administrar todo o patrimônio da socialite, conforme previsto na união estável.

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O ex-motorista não retornou os contatos do Fantástico e seu advogado afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso. 

Fonte: Redação Terra
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