O que se sabe sobre casal de missionários morto por gangue no Haiti?

Casa Branca expressou condolências e pediu o envio rápido de força policial internacional para o país

26 mai 2024 - 08h51

Um casal de missionários dos Estados Unidos foi morto no Haiti, segundo familiares. Na quinta-feira (23), Davy e Natalie Lloyd "foram atacados por gangues e ambos foram mortos", disse o pai de Natalie, o deputado estadual do Missouri, Ben Baker, em uma postagem no Facebook. "Eles foram para o céu juntos", acrescentou.

Casal de missionários americanos é morto por gangue no Haiti
Casal de missionários americanos é morto por gangue no Haiti
Foto: Natalie Lloyd via Facebook / Perfil Brasil

O casal se casou em 2022 e trabalhavam para a organização Missões no Haiti Inc., operada pelos pais de Davy Lloyd há mais de 20 anos, conforme as redes sociais de Baker e o site do grupo.

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"Esta noite, quando Davy, Natalie e as crianças estavam saindo da Juventude na igreja, eles foram emboscados por uma gangue de três caminhões cheios de rapazes", postou a organização em sua página no Facebook na quinta-feira (23). "Davy foi levado para casa amarrado e espancado. A gangue então pegou nossos caminhões, carregou com tudo o que queria e foi embora", acrescentou.

Três horas depois, a organização Missões no Haiti postou que Davy e Natalie "foram baleados e mortos pela gangue por volta das 21h de quinta-feira (23)". O governador republicano do Missouri, Mike Parson, lamentou a perda do casal na manhã desta sexta-feira (24), chamando de "notícias absolutamente comoventes".

"Por favor, ore por minha família, precisamos desesperadamente de força. E, por favor, ore pela família Lloyd também", disse pai de Natalie Lloyd nas redes sociais, nesta sexta-feira (24). "Não tenho outras palavras por enquanto", acrescentou.

Investigação sobre as mortes no Haiti

Em comunicado à CNN, nesta sexta-feira (24), a Casa Branca disse estar ciente dos relatórios e expressou condolências, ao mesmo tempo que pedia o envio rápido de força policial internacional aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU para a região.

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"Estamos cientes dos relatos de mortes de cidadãos americanos no Haiti. Nossos corações estão com as famílias dos mortos enquanto eles vivenciam uma dor inimaginável", disse um porta-voz da segurança nacional à CNN.

"A situação de segurança no Haiti não pode esperar. É por isso que ontem o presidente Biden reiterou o nosso compromisso de apoiar a aceleração do envio da Missão de Apoio à Segurança Multinacional (MSS) para reforçar as capacidades da Polícia Nacional Haitiana para proteger os civis, restaurar o Estado de Direito e preparar o caminho para a governança democrática", acrescentou.

Em uma conferência de imprensa conjunta com o presidente queniano, William Ruto, na quinta-feira (23), Biden defendeu a decisão de não enviar tropas americanas para o Haiti. O presidente americano disse aos repórteres que a medida poderia levantar "todos os tipos de questões que podem ser facilmente deturpadas pelo que tentamos fazer, e poder ser utilizado por aqueles que discordam de nós e são contra os interesses do Haiti e dos Estados Unidos", ao mesmo tempo que aponta para o apoio material, incluindo equipamento e formação, que os EUA já forneceram para enfrentar a crise no país.

Postagens do Facebook da organização Missões no Haiti contaram a história das crescentes condições terríveis no país neste ano. "As gangues ainda estão lutando por mais controle e regras de caos", postou a organização em 23 de abril. "Parece que o mundo virou as costas ao Haiti e o país ficará sob controle total das gangues".

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* Sob supervisão de Lilian Coelho

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