A Ucrânia garantiu as importações de gás natural liquefeito (GNL) americano da Grécia para cobrir suas necessidades de inverno de dezembro a março do próximo ano, disseram autoridades gregas e ucranianas no domingo, durante uma visita a Atenas do presidente Volodymyr Zelenskiy.
A Ucrânia importará gás por meio de um gasoduto que atravessa a península dos Bálcãs para garantir suprimento essencial após os ataques russos à infraestrutura de energia e às instalações de produção de gás.
A empresa de gás grega DEPA e a empresa estatal ucraniana Naftogaz disseram em uma declaração conjunta que o acordo entrará em vigor a partir de dezembro. Zelenskiy, falando ao lado do primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, disse que as entregas começarão em janeiro.
"Reconstruímos cada vez que os russos destroem, mas isso realmente requer tempo, muito esforço, equipamentos e, com relação ao gás... importações para compensar a destruição de nossa própria produção pelos russos", disse Zelenskiy aos repórteres.
Antes de sua visita à Grécia, Zelenskiy disse que Kiev havia alocado fundos para as importações de gás de parceiros e bancos europeus sob garantias da Comissão Europeia, bem como de bancos ucranianos, para ajudar a cobrir quase os 2 bilhões de euros (US$ 2,3 bilhões) necessários.
O governo da Ucrânia também estava trabalhando com parceiros dos EUA para garantir o financiamento total, acrescentou.
O acordo foi fechado depois que a Grécia fechou seu primeiro acordo de longo prazo para fornecer GNL dos EUA para a Europa a partir de 2030, depois que a UE aprovou a proibição do GNL russo a partir de 2027 devido à guerra de Moscou na Ucrânia, que já está em seu quarto ano.
"A Grécia está se tornando um fornecedor de segurança energética para sua pátria", disse Mitsotakis a Zelenskiy, acrescentando que o acordo também ajudará a impedir a entrada do gás natural russo na Europa.
