Supertufão Fung-wong avança rumo a Taiwan após deixar ao menos 18 mortos nas Filipinas

Equipes de resgate nas Filipinas iniciaram nesta terça-feira (11) os trabalhos de limpeza e reconstrução após a passagem devastadora do tufão Fung-wong, que deixou ao menos 18 mortos e forçou a evacuação de 1,4 milhão de pessoas. Com ventos de até 230 km/h, o fenômeno atingiu o país no domingo à noite como um supertufão, provocando inundações, deslizamentos de terra e cortes de energia em dezenas de cidades.

11 nov 2025 - 06h06
(atualizado às 06h54)

Equipes de resgate nas Filipinas iniciaram nesta terça-feira (11) os trabalhos de limpeza e reconstrução após a passagem devastadora do tufão Fung-wong, que deixou ao menos 18 mortos e forçou a evacuação de 1,4 milhão de pessoas. Com ventos de até 230 km/h, o fenômeno atingiu o país no domingo à noite como um supertufão, provocando inundações, deslizamentos de terra e cortes de energia em dezenas de cidades.

Moradores queimam madeira das casas destruídas perto do paredão costeiro em Garchitorena, na província de Camarines Sur, ao sul de Manila, em 10 de novembro de 2025, um dia após o supertufão Fung-wong atingir a região.
Moradores queimam madeira das casas destruídas perto do paredão costeiro em Garchitorena, na província de Camarines Sur, ao sul de Manila, em 10 de novembro de 2025, um dia após o supertufão Fung-wong atingir a região.
Foto: AFP - CHARISM SAYAT / RFI

Com o nível da água baixando em vilarejos inundados, os trabalhos de reconstrução enfrentam dificuldades devido a deslizamentos de terra e ao isolamento de diversas comunidades. Na província costeira de Isabela, uma cidade com cerca de 6 mil habitantes permanece completamente isolada. 

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Partes da vizinha Nueva Vizcaya também estão inacessíveis. Segundo Alvin Ayson, porta-voz da Defesa Civil na região do Vale de Cagayan, os deslizamentos de terra impediram o acesso dos socorristas às áreas mais afetadas. Um menino de 10 anos morreu em um desses deslizamentos.

O número de vítimas foi atualizado por Rafaelito Alejandro, chefe da Defesa Civil nacional, que alertou que até mesmo os esforços iniciais de reconstrução devem levar semanas. "Nosso maior desafio agora é restaurar o acesso às áreas isoladas, liberar estradas e reativar redes de energia e comunicação", afirmou.

Na ilha de Catanduanes, uma das mais atingidas, o abastecimento de água pode levar até 20 dias para ser restabelecido.

Taiwan se prepara 

Fung-wong, que forçou a evacuação de cerca de 1,4 milhão de pessoas, perdeu força e foi reclassificado como tempestade tropical severa. A tempestade segue agora em direção a Taiwan, onde escolas e repartições públicas foram fechadas em diversos distritos. O fenômeno fortalece a monção de nordeste, elevando o risco de precipitações extremas que podem atingir 400 milímetros em apenas 24 horas.

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O presidente taiwanês Lai Ching-te pediu que a população evite áreas de risco como praias e regiões montanhosas.

A passagem de Fung-wong ocorre poucos dias após o tufão Kalmaegi ter devastado o centro das Filipinas, deixando pelo menos 232 mortos, segundo os últimos números oficiais. A sequência de fenômenos extremos reacende o alerta sobre o impacto das mudanças climáticas na intensificação dos ciclones tropicais no sudeste asiático.

Fung-wong se formou no início de novembro e atingiu as Filipinas com ventos de até 230 km/h, cobrindo quase todo o território nacional. Com cerca de 1.800 km de diâmetro, foi um dos maiores tufões registrados no país nos últimos anos.

A tempestade causou inundações em larga escala, destruiu centenas de casas e deixou milhares de pessoas em abrigos improvisados. Especialistas alertam que a frequência e a intensidade desses eventos têm aumentado, exigindo maior preparo das autoridades locais e internacionais para lidar com desastres climáticos.

Com AFP

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