Relatórios revelaram que a senha do sistema de vigilância do Museu do Louvre era "Louvre", destacando graves falhas de segurança, incluindo softwares desatualizados, que teriam facilitado um roubo histórico de joias em outubro de 2025.
A senha do sistema de segurança do Museu do Louvre era simplesmente “Louvre”. A descoberta foi feita pelo grupo de jornalismo investigativo CheckNews, que acessou documentos elaborados por auditorias privadas, onde constam menções a graves falhas de segurança no local.
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Tamanha vulnerabilidade teria levado ao roubo no Louvre no dia 19 de outubro, quando joias históricas avaliadas em 102 milhões de dólares (R$ 548 milhões) foram levadas por criminosos.
No último sábado (1º), o jornal francês Libération compartilhou os relatórios em questão. Eles dão conta de que os problemas de segurança no museu existem há pelo menos uma década.
Um levantamento do Ministério da Cultura francês, por exemplo, cita oito softwares de vigilância sem qualquer atualização. Entre eles, um adquirido em 2003 para supervisionar o circuito de câmeras e o controle de entrada.
Outro texto afirma que esse programa rodava em um servidor com sistema Windows Server 2003, descontinuado pela empresa em 2015.
Quanto à senha, segundo a Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação local (ANSSI), bastava digitar "LOUVRE" para administrar o servidor responsáveis pelas câmeras do museu — ou simplesmente "THALES", nome da empresa fornecedora, para utilizar outro software do tipo.