O papa Leão XIV alertou nesta sexta-feira (7) que a Inteligência Artificial (IA) deve estar a serviço da humanidade e ser desenvolvida com base em princípios éticos e espirituais.
Esta foi a principal mensagem do Pontífice aos participantes do "Builders Al Forum 2025", realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Segundo o líder da Igreja Católica, a "Inteligência Artificial, como toda invenção humana, nasce da capacidade criativa que Deus nos confiou", o que "significa que a inovação tecnológica pode ser uma forma de participação no ato divino da criação".
No entanto, a tecnologia também carrega "um peso ético e espiritual", já que "cada escolha de projeto expressa uma visão da humanidade".
Robert Prevost destacou que a Igreja "convoca todos os construtores de IA a cultivar o discernimento moral como parte fundamental de seu trabalho" e a "desenvolver sistemas que reflitam justiça, solidariedade e autêntico respeito pela vida".
Na mensagem, ele ressaltou ainda que a reflexão sobre a IA "não pode ficar restrita a laboratórios de pesquisa ou carteiras de investimento", mas deve ser "um compromisso profundamente eclesial".
O Papa encorajou o uso de tecnologias para promover "a educação católica, os cuidados de saúde compassivos e a criação de plataformas criativas que contem a história cristã com verdade e beleza".
Por fim, Leão XIV ressaltou a necessidade de "colocar a tecnologia a serviço da evangelização e do desenvolvimento integral de cada pessoa".
"Esta colaboração interdisciplinar incorpora 'o diálogo entre fé e razão', renovado na era digital e afirmando que a inteligência, seja artificial ou humana, encontra seu significado mais pleno no amor, na liberdade e na relação com Deus", concluiu.