O presidente russo Vladimir Putin chamou de "absurdo total" as acusações de uso de armas químicas pelo regime Sírio e pediu aos Estados Unidos a apresentação de provas.
"Em uma situação em que o Exército sírio estava em posição ofensiva cercando a oposição em várias regiões (...) afirmar que o governo sírio usou armas químicas é absurdo total", declarou Putin à imprensa em Vladivostok (extremo-oriente russo).
"Isso vai contra toda a lógica", insistiu. "Estou convencido de que isso não passa de uma provocação daqueles que querem envolver outros países no conflito sírio e assegurar o apoio de atores internacionais poderosos, em primeiro lugar, o dos Estados Unidos", considerou.
O presidente russo fez um apelo para que Washington forneça as provas que diz ter em mãos, ressaltando que "a interceptação de conversas não pode servir de base para a tomada de decisões fundamentais, em especial sobre o recurso à força contra um Estado soberano".
"Sobre a posição de nossos amigos americanos, que afirmam que as tropas governamentais (sírias) utilizaram (...) armas químicas e dizem ter provas, então, que mostrem aos investigadores das Nações Unidas e ao Conselho de Segurança", declarou à imprensa. "Se eles não o fizeram, significa que não houve" ataque químico, acrescentou.
Esta é a primeira reação pública de Putin sobre as declarações da inteligência americana, que acusa o regime do presidente Bashar al-Assad de ter usado armas químicas em um ataque nos arredores de Damasco, em 21 de agosto, causando a morte de centenas de pessoas.
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Os Estados Unidos e a França estão determinados a lançar uma ação contra o regime sírio, com o presidente Barack Obama citando uma ação militar "limitada". Por sua vez, Moscou acusa os rebeldes de usar armas químicas para desacreditar o governo.
Putin também elogiou a decisão "inesperada" dos deputados britânicos que votaram contra uma intervenção militar na Síria, desejada pelo governo do primeiro-ministro David Cameron.
"Isso significa que, mesmo na Grã-Bretanha - embora seja o principal aliado geopolítico dos Estados Unidos (...) - há pessoas que são guiadas por interesses nacionais, pelo bom senso e que defendem a soberania", declarou o presidente russo.
"Para mim, isso foi totalmente inesperado (...) Todo o mundo está acostumado a ver a sociedade ocidental aceitar tudo, sem maiores questionamentos, conforme os desejos do seu principal parceiro, os Estados Unidos", ressaltou.
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Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria
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Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
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Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
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Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
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Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
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Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
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Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
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Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
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Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
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Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
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Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
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Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
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Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
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Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
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Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
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Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen
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Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen
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Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City
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"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE
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Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK
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Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN
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Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
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Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
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Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
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Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
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Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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