Nova leva de foguetes é lançada de Gaza contra o sul de Israel

O Conselho de Segurança do governo israelense iniciou nesta quinta uma reunião extraordinária para discutir a resposta ao lançamento em massa de foguetes da Faixa de Gaza

13 mar 2014 - 11h14
(atualizado às 11h21)
<p style="margin: 0cm 0cm 13.5pt; line-height: 13.5pt; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif";color:#505050">Israelenses observam dano causado por foguete lançado da Faixa de Gaza na última quarta-feira, dia 12<o:p></o:p></span></p>
Israelenses observam dano causado por foguete lançado da Faixa de Gaza na última quarta-feira, dia 12
Foto: Reuters

Uma nova série de foguetes foi lançada nesta quinta-feira de Gaza contra as localidades portuárias israelenses de Ashdod e Ashkelon, no sul do litoral mediterrânea de Israel, informou o exército.

Em comunicado, as Forças Armadas israelenses indicaram que dois dos projéteis caíram em zonas despovoadas, mas não forneceram mais detalhes.

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O Conselho de Segurança do governo de Israel iniciou nesta quinta uma reunião extraordinária para avaliar a situação e discutir a resposta ao lançamento em massa de foguetes, que vem ocorrendo desde ontem.

Desde a operação militar israelense Pilar Defensivo, realizada em 2012, organizações de Gaza não lançavam tantos foguetes contra o território vizinho.

Segundo a edição digital do jornal Jerusalem Post, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, presidirá a sessão após ter se reunido na última quarta-feira à noite com o ministro da Defesa, Moshé Yaalon, e altos comandantes do exército e dos serviços secretos.

Tanque israelense posicionado no norte da Faixa de Gaza, em 13 de março
Foto: Reuters

Nesta manhã, milicianos palestinos voltaram a disparar quatro foguetes contra o sul de Israel que, no entanto, caíram dentro da própria Faixa de Gaza, informou à Agência Efe uma porta-voz militar.

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Os foguetes saíram das plataformas de lançamento móveis pouco depois das 8h30 locais (3h30 de Brasília) procedente do centro da Faixa de Gaza, cercada por Israel desde 2007, e "não chegaram a alcançar o território israelense", disse a porta-voz.

A região vive um ambiente de tensão desde a última quarta-feira, 12, quando o grupo islamita Jihad Islamiya lançou cerca de 50 foguetes contra povoações do sul de Israel, sem causar vítimas.

O ataque foi respondido de forma imediata pela artilharia e a aviação israelense, que bombardearam 29 posições das milícias palestinas em diferentes lugares do norte, centro e sul da Faixa de Gaza.

Até esta manhã, a Jihad disse ter disparado mais de cem foguetes durante o que chamou de operação 'Romper o Silêncio'. Sessenta deles teriam atingido o território israelense.

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou nesta quinta-feira o lançamento de foguetes contra Israel a partir de Gaza e as ações do exército israelense, que na quarta-feira bombardeou a Faixa em represália ao ataque em massa com projéteis do grupo radical Jihad Islâmica.

O primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente palestino, Mahmoud Abbas condenaram os ataques a israel durante conferência realizada nesta quinta-feira, 13
Foto: Reuters

Em entrevista coletiva no palácio presidencial em Belém, na Cisjordânia ocupada, após receber o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, o líder palestino reiterou que seu objetivo é continuar trabalhando em uma solução política ao conflito palestino-israelense.

"Aconteceram nos últimos dias três assassinatos a sangue frio na Cisjordânia e três em Gaza, e não escutamos nem uma só desculpa de Israel. Condenamos a agressão militar e os ataques israelenses da mesma forma que o lançamento de foguetes (da Jihad)", manifestou Abbas.

"Continuaremos nossos esforços para encontrar uma solução política e a paz em nossa região", acrescentou.

Cameron, por sua vez, insistiu que é necessário falar daqueles que estão deteriorando o processo de paz através do lançamento de foguetes e se mostrou convencido que Abbas "entende que o Estado palestino não se alcançará através da violência".

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"A solução dos dois Estados só chegará com ambas as partes conversando uma somente com a outra. Sei, por sua palavras, que sabe que o Estado palestino não poderá ser conseguido através da violência", recalcou.

O chefe do governo britânico qualificou de "inaceitável" a situação em Gaza - sob bloqueio militar israelense desde 2007 -  lugar onde vivem 1,7 milhão de pessoas "que sofrem com altos índices de desemprego, carência de serviços de saúde e desenvolvimento da economia, onde é necessário continuar trabalhando".

  
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