Governo tenta retomar cidade no norte do Iraque

Combates deixam enfermeiras ilhadas em hospital de Tikrit

29 jun 2014 - 17h32
Patrulha da Polícia Federal iraquiana de Abu Ghraib, subúrbio de Bagdá, no sábado 28 de junho de 2014.
Patrulha da Polícia Federal iraquiana de Abu Ghraib, subúrbio de Bagdá, no sábado 28 de junho de 2014.
Foto: AP

governo do Iraque disse que suas forças estão obtendo avanços na tentativa de reconquistar a cidade de Tikrit, ao norte de Bagdá, tomada por rebeldes sunitas.

Imagens da TV estatal iraquiana mostraram helicópteros atacando alvos no deserto, supostamente nos arredores da cidade. Segundo testemunhas e representantes das forças armadas, houve combates em várias partes da cidade.

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Esse é o segundo dia da ofensiva pela retomada de Tikrit, região de nascimento do ex-ditador Saddam Hussein, que era sunita. Forças de infantaria tiveram que recuar durante a madrugada, diante da forte resistência de combatentes sunitas, liderados po militantes jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês).

O Exército diz que matou dezenas de rebeldes e que teria retomado o controle do distrito universitário no norte da cidade, mas informações dadas antes por porta-vozes militares se mostraram pouco confiáveis.

Segundo testemunhas e jornalistas ouvidos pela BBC, foram observados combates intensos no sábado entre forças militares iraquianas e homens armados de diversas facções sunitas, que resultaram em vários mortos de ambos os lados.

Testemunhas disseram ter visto um helicóptero militar sendo derrubado a tiros. Os rebeldes dizem que mantém controle copleto da cidade.

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Um grupo de 46 enfermeiras indianas se encontra "ilhado" em um hospital-escola em Tikrit. "Não podemos viver aqui mais um dia sequer. A noite inteira ouvimos bombas explodindo de todos os lados do hospital", disse à BBC a enfermeira Marina Jose.

Jatos russos

O governo iraquiano disse que recebeu a primeira remessa de jatos militares comprados da Rússia para ajudar no combate aos militantes rebeldes.

O ministério da Defesa disse que os cinco aviões Sukhoi entrarão em uso "em três ou quatro dias".

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