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Estado Islâmico ataca mesquita xiita e deixa 27 mortos no Kuwait

26 jun 2015 - 17h00

O grupo jihadista sunita Estado Islâmico (EI) reivindicou um atentado suicida que deixou 27 mortos e 222 feridos nesta sexta-feira em uma mesquita xiita do Kuwait, em pleno mês de jejum do Ramadã.

Trata-se do primeiro ataque contra um local de oração frequentado por xiitas neste rico emirado petrolífero de maioria sunita.

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O grupo ultrarradical reivindicou o ataque, realizado durante a grande oração de sexta-feira na mesquita Al Imam al Sadeq, na Cidade do Kuwait, na segunda sexta-feira do mês de jejum sagrado do Ramadã.

O ataque do Kuwait ocorre no mesmo dia em que a Tunísia também foi alvo de um atentado particularmente letal, que deixou 37 vítimas em um hotel cheio de turistas ocidentais, enquanto na França um homem foi decapitado.

O ministério da Saúde do Kuwait atualizou o balanço de vítimas, evocando 27 mortos e 222 feridos no ataque.

Em um comunicado, a "Província de Najd", que se manifestou recentemente como a facção saudita do EI, afirma que um homem-bomba, Abu Suleiman al Muwahhid, realizou o atentado contra uma mesquita "que promovia o ensinamento xiita entre a população sunita".

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De acordo com uma testemunha entrevistada pela AFP, "dezenas de pessoas foram mortas ou feridas", o que leva a crer em um número mais elevado de vítimas, enquanto fotos terríveis circulavam nas redes sociais mostrando corpos ensanguentados em meio aos destroços da mesquita.

Um fotógrafo da AFP indicou que a zona do ataque foi isolada pela polícia.

Na semana passada, o porta-voz oficial do EI convocou os muçulmanos em todo o mundo a se envolver na guerra santa durante o Ramadã, que começou em 17 de junho, para fazer "um mês de miséria para os descrentes".

Esta é a primeira vez que o Kuwait é atingido pelo grupo jihadista.

Esta mesma "Província de Najd" reivindicou em maio dois atentados contra xiitas na Arábia Saudita.

O EI também assumiu a responsabilidade por cinco ataques quase simultâneos contra mesquitas na capital do Iêmen, Sanaa.

O emir do Kuwait, xeque Sabah al-Ahmad al-Sabah, se dirigiu rapidamente ao local do ataque, visivelmente emocionado.

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O governo se reuniu em caráter de emergência, enquanto o ministro do Interior elevou o nível de alerta, em vigor há três semanas desde os ataques anti-xiitas na Arábia Saudita.

No final de maio, o emir do Kuwait instou os países muçulmanos a intensificar a luta contra o extremismo, durante uma conferência dedicada à coordenação dos esforços contra os grupos jihadistas.

No emirado, as condenações foram unânimes. O principal grupo que representa o islã sunita, o Movimento Constitucional Islâmico, protestou contra "um ataque criminoso contra uma mesquita".

O principal líder religioso sunita do país, xeque Ajeel al-Nashmi, declarou que o ataque foi um ato criminoso destinado a semear as sementes da discórdia".

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