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O que se sabe sobre ataque com espada em Londres que matou menino de 14 anos

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas e um garoto de 14 anos morreu no nordeste de Londres na manhã desta terça-feira (30/4) por um homem que estava carregando uma espada.

30 abr 2024 - 11h00
(atualizado em 1/5/2024 às 13h24)
Um grande número de policiais foi mobilizado para lidar com o ataque em Hainault
Um grande número de policiais foi mobilizado para lidar com o ataque em Hainault
Foto: PA Media / BBC News Brasil

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas e um jovem de 14 anos morreu no leste de Londres na manhã desta terça-feira (30/4) após ataque por um homem que carregava uma espada.

A polícia chamou o ocorrido de um ataque "realmente horrível".

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Imagens capturadas por testemunhas mostram um homem sendo perseguido pela polícia carregando uma espada. O homem de 36 anos foi detido.

O adolescente assassinado se chamava Daniel Anjorin. O jovem chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu.

A Igreja Jubilee, frequentada por Daniel, expressou a sua "imensa tristeza pela morte súbita e trágica" do garoto.

Onde e quando aconteceu o ataque?

O caso ocorreu em Hainault, uma área suburbana de Ilford, que faz parte do bairro londrino de Redbridge.

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Hainault faz parte da Grande Londres, mas fica a cerca de 22 quilômetros do centro da capital. A estação local fica na linha vermelha ("Central") do metrô, na zona quatro.

Pouco antes das 7h da manhã (3h no horário de Brasília) de terça-feira, a polícia recebeu relatos de um carro jogado contra uma casa em Thurlow Gardens, uma rua residencial ao lado da estação do metrô.

Também foram compartilhadas imagens do suspeito em Laing Close, outra rua residencial a apenas 100 metros de distância.

Daniel Anjorin tinha 14 anos
Foto: Met Police / BBC News Brasil

Como foi o ataque?

A polícia afirma que prendeu um suspeito 22 minutos depois de receber a primeira ligação para o número de emergência.

Até a publicação desta reportagem, não havia um cronograma oficial de como os eventos se desenrolaram, mas testemunhas disseram que houve caos e várias pessoas ficaram feridas.

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Uma testemunha disse à agência de notícias PA que houve um impasse entre a polícia e o suspeito em um beco.

"No meio da confusão, pelo menos uma pessoa foi esfaqueada - acho que pode ter sido uma mulher, porque ouvi uma mulher gritar e, depois, algum tipo de choro", disse a testemunha.

"Depois ouvi uma voz dizendo coisas como 'ela foi esfaqueada no rosto' e 'precisamos de ajuda' — um pedido de apoio médico."

Outra testemunha disse à PA que ouviu gritos e policiais confrontando o suspeito.

"Olhei pela janela de trás porque o barulho vinha lá de trás, vi um cara vestido de amarelo pulando umas cercas... Vi um policial e uma policial — policiais normais com camisa de manga curta — que o perseguiram e eles estavam gritando para que ele largasse [a sua arma]."

Imagens capturadas por vídeo mostram homem com espada. Ao fundo, uma das testemunhas que escapou do ataque
Foto: @ELL_PHT / BBC News Brasil

Manpreet Singh, uma testemunha, disse à BBC que viu um "grupo de pessoas, cinco ou seis delas, tentando lutar contra um cara - ele tinha uma espada na mão".

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Ele disse à BBC que viu o homem correndo em direção à estação e depois tentando entrar em uma casa.

Singh disse que o suspeito estava tentando lutar contra os policiais e foi atingido com uma arma de eletrochoque (taser).

Em um vídeo, é possível ver o suspeito olhando casas em Laing Close. Perto dele, há uma pessoa imóvel caída na estrada.

Algumas pessoas parecem ter escapado com sorte. Em um vídeo, elas são vistas brevemente saindo de uma casa a poucos metros do agressor, mas somem sem serem percebidas por ele.

Não está claro se todas as cinco vítimas foram atacadas em Laing Close e Thurlow Gardens ou se houve mais feridos nas proximidades.

Um veículo danificado também foi visto em Laing Close, embora não esteja claro se o carro preto estava envolvido no incidente.

Outra pessoa capturou imagens do suspeito sendo perseguido pela polícia enquanto pulava cercas e garagens e entrava em jardins.

Um homem foi ouvido alertando os moradores, gritando "todos tranquem as portas".

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O que sabemos sobre as vítimas?

Dois policiais e três outras pessoas ficaram feridas, confirmou a polícia.

Daniel Anjorin, de 14 anos, morreu logo após ser levado ao hospital. Sua família está sendo apoiada por policiais treinados.

Outras duas pessoas ainda estão no hospital, mas não há risco de morte, segundo a polícia.

Dois policiais feridos apresentam ferimentos "significativos, mas não letais" e precisarão de cirurgia.

O que se sabe sobre o suspeito?

Sabe-se muito pouco sobre o homem de 36 anos suspeito pelo ataque.

Vídeos capturados por testemunhas mostram o homem carregando uma espada estilo Samurai.

Em um vídeo, ele é ouvido gritando em inglês, embora o áudio não seja claro o suficiente para identificar com certeza o que ele está dizendo.

O ataque está sendo classificado como um ataque terrorista pela polícia?

Não. A polícia de Londres disse poucas horas após o ataque que ele "não parece estar relacionado ao terrorismo" e disse acreditar que não tenha sido um "ataque direcionado".

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A polícia também disse que não está procurando mais suspeitos e que não há mais risco para a população.

No meio da manhã de terça-feira, ainda havia uma grande presença policial na área.

O que disseram as autoridades?

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, elogiou a bravura dos serviços de emergência no início desta manhã.

Em comunicado, Sunak enviou suas "sinceras condolências à família" do menino de 14 anos morto.

Ele também reforçou a necessidade de dar à polícia tempo e espaço para realizar suas investigações.

Wes Streeting, deputado por Ilford North, que inclui Hainault, onde ocorreram os ataques, falou sobre o caso em uma coletiva de imprensa com autoridades.

"Não consigo imaginar o que a família do pobre menino está passando", disse Streeting.

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Ele disse que teve uma reunião com o prefeito de Londres e que manterá os moradores locais atualizados da melhor maneira possível.

"Nossa comunidade merece respostas", afirmou, antes de exortar as pessoas a absterem-se de especular sobre o que aconteceu nas redes sociais.

Louisa Rolfe, que lidera a operação da Polícia Metropolitana de Londres, também pediu à comunidade que pense cuidadosamente antes de postar nas redes sociais sobre o caso.

Ela diz que as pessoas deveriam considerar o impacto da circulação deste conteúdo nas famílias das vítimas.

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