Líbia: Otan diz que colaborará com investigação de morte de civis
20 dez2011 - 12h11
(atualizado às 12h33)
A Otan indicou nesta terça-feira estar disposta a colaborar com as investigações sobre a morte de civis nos bombardeios liderados pela Aliança Atlântica durante a guerra na Líbia. O papel da Otan na Líbia, que foi primordial na queda do regime de Muammar Kadafi, foi muito criticado pela Rússia, que, inclusive, pediu uma investigação minuciosa sobre a quantidade de civis mortos durante as operações aéreas.
"Nossa missão na Líbia salvou um número inestimável de vidas (...) Tomamos todas as precauções para minimizar os riscos contra a população civil", declarou a porta-voz da Otan em Bruxelas, Oana Lungescu. "A Otan segue com muita atenção qualquer informação sobre as mortes de civis", acrescentou. "Estamos dispostos a colaborar estreitamente."
Segundo o jornal New York Times, entre 40 e mais de 70 civis morreram desde que a Otan iniciou seus bombardeios, quando assumiu a operação militar contra as posições das forças de Kadafi. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizou um total de 26 mil saídas aéreas. Delas, mais de 9.650 tiveram um objetivo "ofensivo".
Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidadesestratégicas de leste a oeste.
Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.
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Em sua última aparição antes do início da revolta líbia, o então líder Muammar Kadafi reza durante cerimônia em homenagem ao nascimento do profeta islâmico Maomé, em Trípoli, no dia 13 de fevereiro
Foto: AFP
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Veículos ficaram destruídos após ataques à sede da polícia judiciária, em Benghazi, no dia 25 de fevereiro
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Menino líbio exibe arma de brinquedo durante visita a complexo militar destruído, em Benghazi, ao lado de pai e irmãos, no dia 28 de fevereiro
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Carro destruído é visto após bombardeio de forças kadafistas a Benghazi no dia 28 de fevereiro
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Acampamento de refugiados líbios é visto durante a noite nas proximidades da fronteira da Tunísia, em Ras Jdir, no dia 7 de março. A Cruz Vermelha informou na data que cerca de 100 mil pessoas tinham cruzado a fronteira entre os países desde o dia 20 de fevereiro
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Kadafi acena ao chegar ao hotel Rixos em Trípoli, no dia 8 de março. Na oportunidade, Kadafi ameaçou países europeus e do norte da África para consequências em caso de intervenção internacional na Líbia
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Rebeldes caminham em rodovia em direção ao fronte de combate de Sidra no dia 10 de março
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Nuvem de fumaça se ergue em campo de batalha na localidade de Sidra, em 10 de março. Naquele momento, o conflito líbio já tinha registrado ao menos 400 mortes e deixado mais de 2 mil feridos desde 17 de março, quando a revolta popular iniciou
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Rebelde cai de caminhonete durante fuga de Ajdabiya, em 15 de março, quando a cidade foi fortemente atacada pelas forças de Kadafi
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Apoiadores dos rebeldes celebram com a bandeira da monarquia líbia em Benghazi, no dia 15 de março. Em meados de março, Kadafi anunciou que tinha intenção de negociar um cessar fogo com os rebeldes
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Caça líbio incendeia após atingido por forças rebeldes em Benghazi , em 19 de março, dia em que as tropas de Kadafi fizeram um intenso bombardeio à cidade
Foto: AFP
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Rebeldes líbios usam banco de areia para se proteger em meio a tiroteio contra forças kadafistas em Ajdabiya, no dia 21 de março, durante as ações de tomada da cidade
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Combatente rebelde faz a proteção de islamitas durante orações do meio dia de sexta-feira no dia 25 de março, em Benghazi
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Rebelde líbio posa para foto com a bandeira monárquica ao lado de tanque de forças kadafistas destruído por bombeio da Otan no dia 26 de março, em Ajdabiya
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Com carro destruído, rebeldes retornam de campo de batalha localizado a 30 km da cidade de Brega, no dia 31 de março
Foto: AFP
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Combatentes rebeldes erguem armas em celebração após conquistarem território em Benghazi no dia 3 de abril
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Muammar Kadafi saúda apoiadores reunidos em frente ao complexo de Bab al-Aziziya, onde morava, após encontro de líderes africanos em Trípoli, no dia 10 de abril
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O rebelde líbio Massoud Abu Assir canta para camaradas na entrada de cidade de Ajdabiya, no dia 16 de abril
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Atirador de elite rebelde observa através de buraco em parede durante combate no distrito de Zwabi, em Misrata, no dia 24 de abril
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Jovem rebelde líbio baleado por atirador de elite é socorrido por médicos em clínica improvisada dentro de uma casa em Misrata, no dia 29 de abril
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Rebelde líbio monta guarda e observa milhares de islamitas durante as tradicionais orações sexta-feira em 13 de maio, em Benghazi
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Voluntários se arrastam para evitar arame farpado durante treinamento para a formação de novos combatentes rebeldes em Benghazi, no dia 29 de maio
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Rebelde líbio exibe a bandeira monárquica ao lado de avião de combate de forças kadafistas em Misrata, no dia 29 de maio
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Enorme nuvem de fumaça se ergue após bombardeio da Otan nas proximidades do complexo residencial de Kadafi em Trípoli, no dia 7 de junho
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Prisioneiro libertado com uma flor na mão abraça familiar após desembarcar de balsa em Benghazi, no dia 24 de junho. Ele fez parte de um grupo de homens detidos pelo regime de Kadafi que foi evacuado de Trípoli pela Cruz Vermelha
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Rebelde líbio durante combates na cidade petrolífera de Brega faz sinal da vitória ao chegar a hospital em Ajdabiya, no dia 17 de julho
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Partidários de Kadafi se reúnem ao redor de retrato gigante de Kadafi na Praça Verde em Trípoli, no dia 22 de julho
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Túmulo de rebelde líbio foi coberto pela bandeira monárquica líbia, que foi adotada pelos revolucionários para se contrapor ao símbolo verde de Kadafi, em cemitério de Nalut, em 29 de julho
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Rebeldes celebram ao redor de icônica estátua de um punho de ouro após a tomada do complexo residencial de Kadafi, em Trípoli, em 23 de agosto. O monumento representava o ataque a uma aeronave americana por forças líbias em 1986
Foto: AFP
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Nuvem de fumaça se ergue do complexo residencial de Kadafi em 24 de agosto. No dia seguinte à tomada do local, forças leais a Kadafi tentaram reassumir o controle da área, mas tiveram seus avanços refutados
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No dia 26 de agosto, rebelde líbio posa sentado em sofá dourado em forma de sereia na casa de Aisha Kadafi, que foi tomada após a queda de Trípoli dias antes
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Rebelde líbio faz sinal da vitória enquanto trafega em estrada de Trípoli ao pôr do sol do dia 26 de agosto
Foto: AFP
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Homem líbio aponta para cadáveres queimados encontrados em uma prisão improvisada em Trípoli, no dia 27 de agosto. No local, foram encontrados 50 corpos de prisioneiros do regime de Kadafi
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Rebelde líbio deita em cama de avião particular de Kadafi, que foi tomado pelos combatentes leais ao CNT no aeroporto de Trípoli dia 29 de agosto
Foto: AFP
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Sami Sadiq Abu Ruwais, ex-prisioneiro durante o regime Kadafi, caminha sobre o teto de luxuoso complexo de férias que pertenceu ao ex-líder líbio em Ain Zara, no dia 31 de agosto. O local é uma das várias residências de Kadafi tomadas pelos rebeldes
Foto: AFP
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Rebeldes líbios rezam em meio à estrada entre Misrata e Sirte, na localidade de Al-Sadaadi, no dia 31 de agosto. Após a queda do complexo de Kadafi, os combatentes do novo regime líbio direcionaram esforços para a tomada de Sirte
Foto: AFP
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Retrato de Kadafi é depredado em Trípoli, no dia 1º de setembro, quando o paradeiro do ex-líder líbio era desconhecido
Foto: AFP
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Rebelde pilota tanque nos arredores da cidade de Bani Walid no dia 21 de setembro. Após a queda de Trípoli em agosto, a cidade se transformou em um dos últimos redutos de resistência pró-Kadafi
Foto: AFP
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Combatente leal ao Conselho Nacional de Transição (CNT) se dirige à cidade de Sirte em meio a ações para a tomada da cidade no dia 4 de outubro
Foto: AFP
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Tanque do CNT dispara projétil durante o cerco a Sirte, no dia 4 de outubro
Foto: AFP
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Combatentes anti-Kadafi disparam míssil no fronte de batalha de Sirte, em 5 de outubro, dia em que os revolucionários empregaram tanques e artilharia pesada no confronto na cidade-natal de Kadafi
Foto: AP
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Combatente do novo regime dispara metralhadora durante combate nas ruas de Sirte no dia 10 de outubro
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Rebelde líbio toca violão enquanto camaradas combatem forças pró-Kadafi em Sirte no dia 10 de outubro
Foto: AFP
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Combatente aciona botão para disparar tiro de artilharia durante confronto com forças kadafistas nos arredores de Sirte no dia 10 de outubro
Foto: AFP
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Deserta, paisagem da avenida de Sirte é marcada por inundação e construções públicas em ruínas no dia 18 de outubro. A cidade, localizada na região central da costa líbia, foi palco de recente contra-ataque das forças do coronel Muammar Kadafi
Foto: Reuters
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Combatente leal ao CNT se protege durante combate nas ruas de Sirte em 20 de outubro, dia que culminou com a tomada do último reduto do antigo regime líbio
Foto: AFP
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Combatentes comemoram após o anúncio de que a cidade de Sirte fora totalmente controlada pelo novo governo líbio, no dia 20 de outubro
Foto: Reuters
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Combatentes se aglomeram ao redor do corpo de Muammar Kadafi para tirar fotos, em Sirte. A revolução na Líbia culminou com a morte de Kadafi no dia 20 de outubro
Foto: AFP
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Moutassim Kadafi, um dos filhos de Muammar Kadafi, é cercado por rebeldes. Ele também foi morto no dia em que Sirte foi completamente tomada pelo novo regime líbio
Foto: AFP
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Imagem de 21 de outubro, o dia seguinte após a morte de Kadafi, mostra o que restou de prédio em Sirte após os confrontos pelo controle da cidade
Foto: Reuters
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