Putin pede ao presidente ucraniano que prorrogue cessar-fogo

Acordo expira nesta segunda-feira

29 jun 2014 - 14h35
(atualizado às 14h37)
<p>O presidente Vladimir Putin da Rússia preside uma reunião do governo nos arredores de Moscou, em 25 de junho</p>
O presidente Vladimir Putin da Rússia preside uma reunião do governo nos arredores de Moscou, em 25 de junho
Foto: Alexei Druzhinin/RIA Novosti/Kremlin / Reuters

O presidente russo Vladimir Putin pediu neste domingo ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko, a prorrogação do cessar-fogo que expira na segunda-feira no leste da Ucrânia, em uma conversa telefônica na qual também participaram a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande.

"Foi feito um pedido a Poroshenko para que prorrogue o cessar-fogo durante um período mais longo", afirma o Kremlin em um comunicado, divulgado após a conferência telefônica dos quatro dirigentes.

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Os governantes também conversaram sobre a "possibilidade de enviar observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) aos postos de controle da fronteira Rússia-Ucrânia", completa o comunicado.

O presidente russo ressaltou ainda a necessidade de dar uma ajuda à população do sudeste da Ucrânia, em consequência do "agravamento da situação humanitária" na região.

Poroshenko anunciou posteriormente, em Kiev, que Hollande e Merkel devem participar com ele de outra conversa telefônica com o presidente russo na segunda-feira.

A conferência aconteceu horas antes do fim do cessar-fogo na região de Donbass, leste da Ucrânia, cenário de uma insurreição pró-Moscou.

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Novas sanções

A União Europeia (UE) anunciou que se a Rússia não apoiar o plano de paz do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e tomar medidas que diminuam a tensão no leste deste país novas sanções poderão ser impostas pelo bloco.

"O Conselho Europeu avaliará a situação e tomará as medidas necessárias", disse hoje à Agência Efe a porta-voz comunitária de Relações Exteriores, Maja Kocijancic.

A UE "está pronta para implementar uma terceira fase de sanções", acrescentou, sem dar detalhes sobre quais seriam.

Espera-se que as novas sanções tenham um caráter econômico, depois das já impostas a um grupo de pessoas da Rússia, Crimeia e Ucrânia.

A Rússia admitiu no último sábado que a repercussão econômica das novas sanções seria negativa. "Certamente o crescimento econômico cairia profundamente", disse o ministro russo de Economia, Alexei Uliukayev.

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Por enquanto, a UE aplica uma série de medidas restritivas que incluem o congelamento de bens e a proibição de viajar para território comunitário a uma lista de russos e ucranianos envolvidos na crise.

"Estamos em contato regular com os Estados-membros e com a Ucrânia e a Rússia", afirmou a porta-voz comunitária ao ser perguntada pela conferência telefônica de hoje entre os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França.

"As conclusões da cúpula (de sexta-feira passada em Bruxelas) são muito claras", a UE quer "ver quatro passos concretos antes de (segunda-feira) 30 de junho", explicou.

Maja Kocijancic afirmou que neste momento a UE "pede a todas as partes que deem os passos necessários para diminuir as tensões no leste da Ucrânia".

Os chefes de Estado e do governo da UE pediram a Moscou na sexta quatro medidas: em primeiro lugar, a abertura de negociações sobre a aplicação do plano de paz do presidente ucraniano.

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Em segundo lugar, um acordo sobre o mecanismo de verificação -supervisado pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE)- do cessar-fogo e do controle efetivo das fronteiras.

A terceira exigência foi o retorno ao controle das autoridades ucranianas de três pontos da fronteira com a Rússia (Izvarino, Dolzhanski e Krasnopartizansk).

Com informações da AFP e EFE.

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Fonte: Terra
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