O caso teve repercussão internacional e Gisèle se tornou um símbolo feminista e da luta contra a submissão química. A decisão atende ao pedido de sua advogada, Béatrice Zavarro, que havia sido rejeitado em abril.
"É uma pequena vitória judicial, pois ele nega qualquer envolvimento", declarou Zavarro. "O objetivo é encontrar evidências que ajudem a identificar o autor dos fatos", acrescentou.
Segundo a advogada, Dominique Pelicot, de 72 anos, "afirma que essa é uma maneira de excluir sua implicação e responsabilidade". Na época da sua condenação no caso dos "estupros de Mazan", ele foi indiciado pelo assassinato da corretora de imóveis Sophie Narme.
Em dezembro de 1991, a jovem foi estuprada e morta enquanto mostrava um apartamento no 19º distrito de Paris. Seu corpo, espancado e parcialmente despido, foi descoberto pelo diretor da agência imobiliária.
Odor de éter
O autor nunca pôde ser identificado, mas a polícia passou a suspeitar de Dominique Pelicot depois que ele reconheceu parcialmente sua implicação na tentativa de estupro, em 1999, de outra corretora de imóveis na região de Seine-et-Marne, perto de Paris.
As duas mulheres foram despidas da mesma maneira, e um forte odor de éter foi sentido na cena do crime de Sophie Narme. A substância havia sido usada para agredir a outra corretora em 1999.
Segundo Béatrice Zavarro, a corretora de imóveis também pode ter sido vítima de François Vérove, conhecido como "o Grêlé", um assassino e estuprador em série procurado desde os anos 1980 e que já morreu.
Com agências