França quer cortar € 40 bi no orçamento de 2026 para reduzir déficit e manter credibilidade

Depois da festa com fogos de artifício de 14 de julho, os franceses conhecerão nesta terça-feira (15) as duras medidas que o governo deve anunciar para economizar € 40 bilhões no orçamento de 2026. Os cortes são necessários para equilibrar as finanças e garantir a credibilidade do país.

15 jul 2025 - 08h05

Depois da festa com fogos de artifício de 14 de julho, os franceses conhecerão nesta terça-feira (15) as duras medidas que o governo deve anunciar para economizar € 40 bilhões no orçamento de 2026. Os cortes são necessários para equilibrar as finanças e garantir a credibilidade do país. 

O primeiro-ministro François Bayrou apresentará as diretrizes orçamentárias para 2026, nesta terça-feira, 15 de julho.
O primeiro-ministro François Bayrou apresentará as diretrizes orçamentárias para 2026, nesta terça-feira, 15 de julho.
Foto: © Ludovic Marin / AFP / RFI

O jornal Libération lembra que o primeiro-ministro François Bayrou está a frente de um governo sem maioria na Assembleia dos Deputados. Ao mesmo tempo, o premiê deve propor medidas que corrijam cinco décadas de descaso com a dívida pública para reduzir o déficit a 4,6% do PIB em 2026, contra uma previsão de 5,4%, em 2025. 

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Segundo o jornal Les Echos, os gastos do governo poderão ser congelados ou até mesmo ligeiramente reduzidos no próximo ano. Diversos ministérios poderão ter seus limites orçamentários reduzidos, para compensar o forte aumento nas despesas das Forças Armadas, após promessa do presidente, Emmanuel Macron, de aumentar em mais de € 6 bilhões os investimentos para defesa, em um mundo com diversas ameaças externas, especialmente a russa.

Taxar super-ricos 

O jornal Le Monde cita outra possibilidade estudada pelo governo: uma taxa suplementar para os mais ricos, de aproximadamente 2% sobre patrimônios superiores a € 100 milhões. O diário lembra, no entanto, que uma medida similar foi aprovada na Assembleia Nacional em fevereiro e depois rejeitada no Senado, no mês passado.

A reportagem destaca que o governo precisa de consenso para aprovar o orçamento e evitar uma nova moção de censura. Para isso, o primeiro-ministro deve fazer reuniões com os diferentes partidos durante o recesso das férias de verão, antes de o texto ser discutido no Parlamento, possivelmente em outubro. 

Para o jornal Le Figaro, além da estabilidade política, é a credibilidade da França que está em jogo. O diário analisa o desejo do presidente francês de manter os serviços à população, mas sem aumentar o custo do trabalho e nem impostos dos franceses. 

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A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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