O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, será recebido por Emmanuel Macron nesta terça-feira (11). Os líderes vão se reunir em Paris para discutir a implementação do acordo de cessar-fogo em Gaza. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pela assessoria da presidência da França.
O comunicado se refere a Abbas como presidente do Estado da Palestina. Em setembro, a França reconheceu oficialmente o Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU.
De acordo com o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, "este encontro dará continuidade ao reconhecimento francês do Estado da Palestina".
Os dois líderes políticos vão conversar sobre "os próximos passos do plano de paz, particularmente nas áreas de segurança, governança e reconstrução, junto com parceiros árabes e internacionais", indicou o comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira da semana passada (6) que uma força internacional seria enviada a Gaza "muito em breve". A declaração do líder norte-americano foi feita um dia depois de os Estados Unidos anunciarem um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de apoiar os esforços de paz.
Neste encontro com Abbas, o presidente Emmanuel Macron pretende reiterar a necessidade de "acesso humanitário contínuo a Gaza".
Estado democrático e soberano
O comunicado da presidência da França informa que "os presidentes Macron e Abbas vão debater a reforma da Autoridade Palestina, a condição essencial para o retorno duradouro da estabilidade e o surgimento de um Estado palestino viável, democrático e soberano, vivendo em paz e segurança ao lado de Israel".
O plano de paz de Donald Trump, que resultou num cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas, assinado em 9 de outubro e tendo entrado em vigor no dia seguinte, levantou a possibilidade de que a Autoridade Palestina, uma vez reformada, possa assumir o governo de Gaza.
Segundo o Palácio do Eliseu, como parte dos preparativos para o envio de uma força multinacional de estabilização a Gaza, a França está representada por três oficiais em uma estrutura estabelecida pelos americanos em Israel. Os oficiais estão "em caráter de observação e em prontidão para examinar uma possível contribuição adicional".
Com AFP
