Epstein chamou Trump de 'louco' e sugeriu 'demência precoce' em e-mails

Em documentos divulgados nesta quarta, o condenado por tráfico sexual de menores comentou diversas vezes sobre o estado mental de Trump

13 nov 2025 - 16h21
(atualizado às 17h39)
Da esquerda para a direita, o empreendedor imobiliário americano Donald Trump e sua namorada (e futura esposa), a ex-modelo Melania Knauss, o financista (e futuro criminoso sexual condenado) Jeffrey Epstein e a socialite britânica Ghislaine Maxwell posam juntos no clube Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, em 12 de fevereiro de 2000
Da esquerda para a direita, o empreendedor imobiliário americano Donald Trump e sua namorada (e futura esposa), a ex-modelo Melania Knauss, o financista (e futuro criminoso sexual condenado) Jeffrey Epstein e a socialite britânica Ghislaine Maxwell posam juntos no clube Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, em 12 de fevereiro de 2000
Foto: Getty Images/Davidoff Studios

Documentos divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos revelam que Jeffrey Epstein, o financista condenado por tráfico sexual de menores, fez diversas referências ao mau estado mental de Donald Trump em mensagens trocadas antes de sua morte, em 2019.

As comunicações fazem parte de um conjunto de 20 mil páginas de documentos entregues pelo espólio de Epstein aos congressistas e tornados públicos por parlamentares republicanos. A divulgação aconteceu após os democratas do comitê publicarem três trocas específicas de e-mails no mesmo dia, nas quais Epstein mencionava o presidente. Para os republicanos, os democratas "escolhem a dedo" as trocas para "gerar cliques".

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Os e-mails mostram que Epstein, que já foi amigo de Trump, passou a falar de forma negativa sobre o presidente, questionando seu desempenho cognitivo e o chamando de "quase insano". 

Em 2015, Epstein afirmou a um repórter do The New York Times que tinha "fotos de Donald e garotas de biquíni na minha cozinha". Ele também disse ter "dado" a Trump uma ex-namorada de 20 anos em 1993 (Trump tinha 47 anos).

Pouco depois da posse de Trump, em janeiro de 2017, Epstein comentou o "banimento de muçulmanos" implementado pelo presidente: "Isso ajuda, já que ele é visto como alguém que cumpre sua palavra; é importante com Putin e com a Coreia do Norte. [...] Dito isso, Donald é completamente louco, eu te disse isso".

No ano seguinte, Epstein levantou dúvidas sobre o estado mental do presidente. Um repórter do New York Times afirmou que Trump estava "parecendo/soando cada vez mais desequilibrado", e Epstein respondeu: "sem dúvidas, a declaração de Donald é tola... demência precoce?"

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Em 24 de março de 2018, ao discutir um artigo do Daily Beast que questionava se Trump caminhava para "um colapso psiquiátrico", a ex-conselheira de Obama Kathryn Ruemmler classificou o texto como "nada inspirador de confiança". Epstein retrucou: "mas -- preciso". Em dezembro, chamou Trump de "quase insano" em mensagens ao ex-secretário do Tesouro Larry Summers e ao advogado Reid Weingarten, afirmando que a observação era "corroborada por alguns que estão próximos".

Alegações de envolvimento em tráfico sexual

Nos e-mails divulgados inicialmente pelos democratas, Epstein também alegou que Trump "sabia sobre as meninas". Em mensagem ao escritor Michael Wolff, de 31 de janeiro de 2019, ele rebateu a versão de que teria sido expulso do clube Mar-a-Lago: "Trump disse que me pediu para renunciar, nunca fui membro, jamais. Claro que ele sabia sobre as meninas, já que pediu a Ghislaine para parar".

A Casa Branca respondeu que Trump foi "gentil em suas interações limitadas" com a falecida Virginia Giuffre, uma das vítimas.

Fonte: Portal Terra
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