Casa Branca rejeita pedidos de independência de 8 Estados

12 jan 2013 - 15h49
(atualizado às 16h43)

A Casa Branca rejeitou os pedidos de independência assinados por cidadãos de oito Estados, ao lembrar que esse direito não está refletido na Constituição de EUA, que estabelece que a união do país deve ser "perpétua". Em mensagem publicada nas últimas horas no blog We The People, dedicado a recolher pedidos populares, a residência presidencial se pronunciou sobre as solicitações de secessão do Texas, Flórida, Louisiana, Geórgia, Tennessee, Alabama, Carolina do Norte e Carolina do Sul.

"Nossos pais fundadores estabeleceram a Constituição dos Estados Unidos 'para formar uma união mais perfeita' através do duro e frustrante mas necessário trabalho do autogoverno", explicou na mensagem o Diretor do Escritório de Comunicações da Casa Branca , Jon Carson. "Nesse documento, consagraram o direito de mudar nosso Governo nacional através do poder da cédula eleitoral. Mas não proporcionaram o direito de abandoná-lo", acrescentou. Os pedidos ocorreram após a vitória do presidente Barack Obama nas eleições de novembro.

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Todas os pedidos superaram as 25 mil assinaturas em um mês, o limite estabelecido pela Casa Branca para que os requerimentos dos cidadãos ao blog, desde finais de 2011, obtenham uma resposta oficial. O maior número de assinaturas foi registrado no Texas, um Estado onde há uma grande corrente separatista há anos e que acumulou mais de 125 mil rubricas a favor do pedido, que apresentava o território como a "15ª economia do mundo" e criticava o nível de despesa do Governo federal.

A resposta da Casa Branca também se dirigiu a outro pedido popular que solicitava a deportação de todos aqueles que tivessem assinado as propostas de independência de qualquer Estado. "Em um país de 300 milhões de pessoas, cada um com suas próprias opiniões, a democracia pode ser ruidosa e controvertida, e isso é algo bom, porque o debate livre e aberto é o que faz com que este país funcione", disse Carson.

O governo de Obama também precisa responder a um pedido que pede que a Casa Branca apoie um referendo de autodeterminação na Catalunha (Espanha), uma solicitação que hoje em dia conta com mais de 32 mil assinaturas.

  
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