Escândalo na Tailândia: mulher filma sexo com monges e os extorque por fortuna

Conhecida como Sika Golf, a mulher teria lucrado mais de R$ 60 milhões

19 jul 2025 - 09h41
Wilawan Emsawat foi presa na terça-feira
Wilawan Emsawat foi presa na terça-feira
Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma mulher tailandesa foi presa na última terça-feira, 15, acusada de ter se relacionado sexualmente com ao menos 13 monges budistas e usado vídeos e fotos dessas relações para extorquir grandes quantias em dinheiro, segundo o site britânico Daily Mail.

Wilawan Emsawat, de 35 anos, conhecida pelo apelido "Sika Golf", teria lucrado cerca de R$ 67 milhões com o esquema, segundo investigações do Escritório Central de Investigações (CIB). As autoridades apreenderam cinco celulares da mulher, que continham imagens e vídeos dela em atos sexuais com diversos monges, alguns ainda vestidos com seus tradicionais mantos alaranjados.

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Até o momento, nove dos 13 monges identificados já foram oficialmente retirados do monastério, e as autoridades acreditam que o número de envolvidos pode aumentar nos próximos dias. Há também suspeitas de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e recepção de bens roubados.

A denúncia veio à tona após o abade Phra Thep Wachirapamok, conhecido como Arch, do templo Wat Tri Thotsathep Worawihan, em Bangcoc, renunciar repentinamente ao seu título e desaparecer, cruzando a fronteira com o Laos em junho. A fuga deixou fiéis e líderes religiosos confusos.

Pouco depois, descobriu-se que Arch, de 53 anos, mantinha um relacionamento secreto com Wilawan. Ela teria afirmado estar grávida e exigido R$ 1,3 milhão do abade. Diante da recusa, ela expôs o caso a outros monges, levando à renúncia e ao exílio do líder religioso.

Com os celulares em posse da polícia, surgiram novas revelações: diversos monges confessaram manter relações com Wilawan há anos, o que viola os votos de castidade exigidos pelo budismo. Um deles admitiu, inclusive, ter recebido um carro de presente durante o relacionamento com a mulher. Ao descobrir que ela também se envolvia com outro monge, tentou confrontá-la e acabou sendo chantageado por dinheiro.

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Segundo o site, a polícia acredita que parte significativa dos recursos movimentados por Wilawan, que somam impressionantes R$ 65 milhões nos últimos três anos, pode ter origem em fundos desviados de templos. Ela também teria gasto grandes quantias em sites ilegais de apostas online.

O Major-General Charoonkiat Pankaew, responsável pela investigação, declarou: "Estamos analisando cuidadosamente cada vídeo para identificar violações do código monástico. Quem violar deve ser afastado. Queremos preservar a confiança pública no budismo. É uma fraqueza humana, mas não podemos ignorá-la."

Diante da repercussão, um comitê no Senado propôs criminalizar relações sexuais com monges. A sugestão, no entanto, causou polêmica. Críticos alegam que os homens devem ser responsabilizados por seus próprios atos.

"Esse escândalo expõe um sistema de mentiras e hipocrisia entre os monges de alto escalão", escreveu a colunista Sanitsuda Ekachai no Bangkok Post. "As mulheres têm sido retratadas como 'inimigas' da pureza espiritual dos monges. Agora, quando a decadência moral do clero está exposta, é a mulher quem paga o preço, enquanto os monges são vistos como vítimas."

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Fonte: Redação Terra
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