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Desastres climáticos em todo o mundo causaram mais de US$ 120 bilhões em danos em 2025

Ondas de calor, incêndios florestais, secas e tempestades custaram mais de US$ 120 bilhões, segundo a organização beneficente britânica Christian Aid

27 dez 2025 - 07h27
(atualizado às 08h14)
Resumo
Desastres climáticos em 2025 causaram mais de US$ 120 bilhões em danos globais, com destaque para incêndios, ciclones e inundações, evidenciando a urgência de adotar medidas contra os combustíveis fósseis.

Nenhum continente foi poupado, e o custo real provavelmente é maior do que essa estimativa. A Christian Aid também fez um apelo aos líderes mundiais para que adotem medidas para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, os principais responsáveis pelas mudanças climáticas, que exacerbam e multiplicam esses desastres.

Os Estados Unidos pagaram o preço mais alto neste ano. Somente os incêndios florestais na Califórnia, em janeiro, causaram prejuízos de US$ 60 bilhões.

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Em seguida, vieram os ciclones e as inundações que atingiram o Sudeste Asiático em novembro. Tailândia, Indonésia, Sri Lanka, Vietnã e Malásia sofreram perdas de quase US$ 25 bilhões.

As inundações na China, entre os meses de junho e agosto, custaram quase US$ 12 bilhões, e o ciclone Melissa, na Jamaica, US$ 8 bilhões.

Apenas países com seguro

A lista continua e está longe de ser completa. Os autores do estudo alertam que calcularam apenas os custos de propriedades seguradas, o que significa que outros desastres devastadores não foram incluídos, particularmente em países que não podem arcar com esse tipo de proteção, como Nigéria e República Democrática do Congo, atingidas por graves inundações em maio.

Também é difícil quantificar os milhares de mortos, deslocados e as perdas de renda. "O verdadeiro impacto desses desastres é quase certamente muito maior", enfatiza a Christian Aid.

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Essas catástrofes são consequência previsível de uma atmosfera e de oceanos mais quentes, resultado de décadas de queima de combustíveis fósseis, de acordo com pesquisadores. O relatório da organização destaca a urgência de adaptação e da eliminação gradual do gás, do petróleo e do carvão.

A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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