Governo de SP pede 'redução imediata do consumo de água' por causa do calor e estiagem

Com o verão e falta de chuvas, consumo de água cresceu até 60% na última semana

25 dez 2025 - 20h53

O aumento de até 60% no consumo de água em algumas regiões na última semana, provocado pela onda de calor, leva o governo de São Paulo a alertar a população sobre a necessidade de economia.

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O crescimento do consumo ocorre em um momento de queda dos índices de chuvas, causando uma estiagem prolongada e afetando a capacidade das represas que abastecem a Região Metropolitana.

Os mananciais enfrentam queda no volume: o Sistema Cantareira, por exemplo, está em nível crítico (próximo ou abaixo de 20%).

Rio Tietê, na Bacia Hidrográfica do Sorocaba e Médio Tietê: estiagem e onda de calor levam Governo de SP a estimular redução do consumo de água
Rio Tietê, na Bacia Hidrográfica do Sorocaba e Médio Tietê: estiagem e onda de calor levam Governo de SP a estimular redução do consumo de água
Foto: Governo de São Paulo/Divulgação / Estadão

As chuvas continuam abaixo da média na região: o acumulado em novembro foi de 108,1 milímetros, enquanto a média histórica do período é de 150,6 mm.

"O uso consciente de água deve fazer parte da rotina das famílias, principalmente neste período de escassez severa", disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

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Como medida preventiva, a Sabesp vem reforçando o abastecimento com o apoio de caminhões pipa em regiões específicas.

Desde agosto, poder estadual, em parceria com a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), determinou a redução da pressão noturna da água na região metropolitana de São Paulo para preservar os mananciais.

O predomínio de sol, com temperaturas bastante elevadas, pressiona ainda mais os mananciais.

A cidade de São Paulo registrou nesta quinta-feira, 25, dia de Natal, a maior temperatura do ano para a capital ao com 35,9 ºC. Até então, a maior marca de 2025 havia sido de 35,1ºC no dia 6 de outubro, segundo o Inmet.

De acordo com outra medição, a do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura, a média das temperaturas registradas em todas as estações foi de 35,6ºC, a maior para o mês de dezembro desde 2004, quando começou a ser analisada.

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O cenário é o mesmo no Rio. A capital fluminense chegou à temperatura máxima de 40,1ºC, conforme o sistema Alerta Rio na estação de medição de Guaratiba, na zona oeste. Foi o dia mais quente desde 6 de outubro, quando o termômetro também bateu os 40,1ºC.

A razão do calorão é um bloqueio atmosférico que dificulta a formação de chuva e mantém o centro-sul do País sob forte calor neste momento.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso laranja de perigo para a onda de calor que atinge oito estados do Brasil. O aviso teve início na última terça, 23, e é válido até as 18h da próxima sexta, 26.

Dicas para o uso consciente da água

  • tome banhos mais rápidos: banhos de 5 minutos podem economizar até 9 mil litros por mês. Um banho de 15 minutos pode gastar até 150 litros de água;
  • evite desperdícios e o uso para fins não essenciais, como encher piscinas ou lavar calçadas e carros
  • priorize o uso da água para alimentação e higiene pessoal.
  • mantenha a torneira fechada enquanto ensaboa a louça da cozinha e abra apenas no momento de fazer o enxágue;
  • junte o máximo de roupa suja antes de ligar a máquina de lavar roupas. A água descartada no final da lavagem pode ser usada em outras atividades, como lavar calçadas ou varandas.
  • opte sempre por vassoura no lugar das mangueiras para limpar a calçada, o quintal e outras áreas da casa. Se precisar lavar o carro, use o balde, ao invés da mangueira.
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