Congresso peruano investiga deputada que teve as unhas dos pés cortadas por assessor

Lucinda Vásquez diz que foto foi tirada de contexto e divulgada por 'vingança' por ex-funcionários do gabinete

4 nov 2025 - 07h43
Lucinda Vásquez, de 67 anos, é deputada federal no Peru. A comissão terá 20 dias para investigar o caso, que pode levar à suspensão de Vásquez e deixá-la sem salário por até 120 dias.
Lucinda Vásquez, de 67 anos, é deputada federal no Peru. A comissão terá 20 dias para investigar o caso, que pode levar à suspensão de Vásquez e deixá-la sem salário por até 120 dias.
Foto: Reprodução/X/@radio_sucre700

A deputada peruana Lucinda Vásquez será alvo de uma investigação pelo congresso do país após uma foto da parlamentar tendo as unhas dos pés cortadas por um assessor enquanto falava ao telefone, deitada no sofá de seu gabinete, ser divulgada por um programa de televisão local. A decisão foi publicada na noite desta segunda-feira, 04.

"Por maioria, a Comissão de Ética aprovou a denúncia de ofício que permitirá iniciar as investigações correspondentes sobre os fatos que envolvem a congressista Lucinda Vásquez", informou o Congresso via X (antigo Twitter).

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A comissão terá 20 dias para investigar o caso e, depois, debater uma eventual sanção, que pode levar à suspensão de Vásquez e deixá-la sem salário por até 120 dias.

A foto alvo da polêmica foi tirada em 6 de novembro de 2024, há quase um ano, mas só foi divulgada pelo programa 'Cuarto Poder' no último dia 26 de outubro. A imagem viralizou e a deputada ganhou o apelido de "congressista corta-unhas".

Vásquez compareceu à comissão e declarou concordar com a investigação. "Que siga seu processo de investigação, as conclusões serão apresentadas lá", disse.

Há uma semana, Vásquez alegou que o "contexto" da imagem foi distorcido e negou ter "obrigado ou humilhado" funcionários a cortar suas unhas. A parlamentar atribuiu a divulgação da foto a uma "vingança" de ex-funcionário do gabinete.

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O episódio ganha uma repercussão ainda maior dada a recente crise política no país. Em 10 de outubro, o Congresso destituiu a presidente Dina Boluarte devido a uma onda de insegurança e a substituiu pelo então chefe do Parlamento, José Jerí.

Antes da destituição de Boluarte, a desaprovação do Congresso era de 95%, segundo o instituto Ipsos. Na pesquisa da semana passada, a desaprovação foi de 81%. /Com informações de AFP

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