Centenas de pessoas são mortas na Síria em região alauíta, diz observatório

8 mar 2025 - 12h27

Homens armados e forças de segurança ligadas aos novos governantes islâmicos da Síria mataram mais de 340 pessoas, incluindo mulheres e crianças da minoria alauíta, na região costeira do país desde quinta-feira, disse o chefe de um observatório.

A Reuters não conseguiu verificar os relatos de forma independente.

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Rami Abdulrahman, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, disse que os assassinatos generalizados em Jableh, Baniyas e áreas vizinhas no coração alauíta da Síria representaram a pior violência dos últimos anos em um conflito civil de 13 anos.

Na quinta-feira, a nova autoridade governante iniciou uma repressão ao que disse ser uma insurgência nascente após emboscadas mortais de militantes ligados ao governo do ex-presidente Bashar al-Assad.

Várias dezenas de membros das forças de segurança foram mortos em confrontos pesados com militantes, disse uma autoridade de segurança síria.

As autoridades reconheceram violações durante a operação, que atribuíram a massas desorganizadas de civis e combatentes que buscavam apoiar as forças de segurança oficiais ou cometer crimes em meio ao caos dos combates.

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Neste sábado, uma fonte do Ministério da Defesa disse à mídia estatal que todas as estradas que levam à costa foram bloqueadas para impedir violações e ajudar a restaurar a calma, com as forças de segurança posicionadas nas ruas das cidades costeiras.

A fonte acrescentou que um comitê de emergência criado para monitorar as violações encaminharia a um tribunal militar qualquer pessoa que não tivesse obedecido às ordens do comando militar.

A escala da violência relatada, que inclui relatos de uma execução de dezenas de homens alauítas em um vilarejo, coloca em dúvida a capacidade da autoridade islâmica governante de governar de forma inclusiva, o que as capitais ocidentais e árabes afirmaram ser uma preocupação fundamental.

Assad foi derrubado em dezembro do ano passado, após décadas de governo dinástico de sua família, marcado por severa repressão e uma guerra civil devastadora.

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