Caçador de elefantes no Congo é condenado a 30 anos de prisão; conservacionistas comemoram

25 ago 2020 - 19h34

A República do Congo condenou um famoso caçador de elefantes a 30 anos de prisão pelo crime de tráfico de marfim e pela tentativa de assassinato de guardas do parque onde atuava, afirmou um grupo conservacionista, que celebrou o caso como um marco na luta para responsabilizar e punir criminosos que atuam contra a vida selvagem.

Elefantes em parque nacional do Quênia
12/08/2020
 REUTERS/Baz Ratner
Elefantes em parque nacional do Quênia 12/08/2020 REUTERS/Baz Ratner
Foto: Reuters

Mobanza Mobembo Gerard, conhecido como Guyvanho, liderou expedições de caça no país centro-africano que podem ter matado mais de 500 elefantes desde 2008, de acordo com a organização Wildlife Conservation Society (WCS). 

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Seu julgamento marcou a primeira condenação de um traficante de animais selvagens na República do Congo. Anteriormente, crimes ambientais eram julgados em tribunais civis e podiam implicar em penas de no máximo 5 anos, segundo a ONG. 

A condenação "envia uma mensagem extremamente forte de que os crimes contra a vida selvagem não serão tolerados e serão processados nos níveis mais altos da Justiça", disse a diretora regional da WCS, Emma Stokes, em nota na segunda-feira.

Autoridades congolesas não foram encontradas para comentar o assunto. 

As acusações de tentativa de assassinato contra Guyvanho eram conectadas a um incidente ocorrido em 2019 onde seu grupo de caça teria atirado e ferido membros de uma patrulha de guardas florestais no Parque Nacional Nouabale-Ndoki National Park, segundo a WCS.

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O parque se estende por 4 mil quilômetros quadrados no norte da República do Congo. A densa floresta tropical é um refúgio para os raros elefantes de floresta da região, que foram confirmados como uma espécie distinta do elefante africano das savanas apenas em 2010.

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