Biden indica advogada de direito ao aborto no caso da Suprema Corte para ser juíza federal

29 jul 2022 - 18h36

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou nesta sexta-feira uma advogada que representou a clínica do Mississippi que esteve no coração da decisão da Suprema Corte de reverter a decisão de 1973 Roe vs Wade sobre o direito ao aborto nos EUA para se tornar juíza em um tribunal federal de apelações.

Advogada Julie Rikelman em frente à Suprema Corte dos EUA
01/12/2021
REUTERS/Evelyn Hockstein
Advogada Julie Rikelman em frente à Suprema Corte dos EUA 01/12/2021 REUTERS/Evelyn Hockstein
Foto: Reuters

O último pacote de nove indicações judiciais de Biden inclui Julie Rikelman, uma advogada de direitos ao aborto do Centro para Direitos Reprodutivos que foi escolhida pelo presidente para a Corte Federal de Apelações do 1º distrito em Boston.

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A indicação, à qual os republicanos devem se opor em um Senado controlado pelos democratas por margem mínima, chega um mês depois de a Suprema Corte, de maioria conservadora, reverter Roe vs Wade, que durante quase cinco décadas garantiu nacionalmente às mulheres o direito constitucional ao aborto.

Rikelman havia argumentado contra esse tipo de decisão ao representar a Jackson Women's Health Organization --única clínica de aborto do Mississippi-- contra uma lei apoiada por republicanos que proibiu o aborto após 15 semanas de gravidez.

Desde então, a clínica foi fechada após uma proibição quase total no Mississippi que entrou em vigor depois da decisão da corte mais alta dos Estados Unidos. Cerca de metade dos 50 Estados norte-americanos proibiram, devem proibir ou restringir o aborto após a decisão.

É esperada a oposição de conservadores ao nome de Rikelman no Senado, onde os democratas estão sendo pressionados por ativistas progressistas a acelerar as confirmações judiciais antes das eleições de meio de mandato, em 8 de novembro, nas quais correm o risco de perder a maioria na Casa para os republicanos.

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