As duas Coreias trocaram duras ameaças nesta quarta-feira, um dia após o ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, perto da difusa linha fronteiriça do Mar Amarelo, o Paralelo 38, que deixou quatro mortos, incluindo dois civis.
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A Coreia do Sul avalia sua resposta, sem descartar uma "dura represália" se houver mais provocações, e aumentou sua presença militar nas ilhas do Mar Amarelo, onde nesta terça-feira ocorreu a troca de tiros de artilharia entre os dois países, inimigos há 60 anos.
Por sua vez, a Coreia do Norte, que acusa Seul de iniciar os disparos que desembocaram em seu ataque contra o território sul-coreano, avisou nesta quarta-feira aos sul-coreanos que eles são responsáveis por deixar a península "à beira da guerra".
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul anunciaram manobras militares no Mar Amarelo de domingo até quarta-feira com a participação de porta-aviões americanos "George Washington".
As atividades militares, que já estavam planejadas, foram anunciadas em plena crise, após uma conversa por telefone entre os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, na qual reafirmaram sua aliança e condenação ao ataque norte-coreano.
Seul destacou que essas manobras, que também contarão com pelo menos quatro navios de guerra dos EUA, têm caráter "dissuasório" e "defensivo" para deixar claro que qualquer provocação de Pyongyang terá uma resposta contundente.
A China não condenou o ataque da Coreia do Norte, já que os dois países são aliados, e chegou a criticar as manobras de Washington e Seul próximas à sua costa, por considerar que não contribuem para a paz e a estabilidade no leste da Ásia.
EUA, Coreia do Sul e Japão pediram nesta quarta-feira à China que demonstre liderança para diminuir as tensões e defenderam uma resposta da comunidade internacional, mas ainda não anunciaram possíveis medidas na ONU.
O mundo assiste preocupado às tensões na península coreana, uma das áreas mais militarizadas do mundo, com mais de um milhão de soldados norte-coreanos, 655 mil sul-coreanos e 28,5 mil americanos.
Na Coreia do Sul, o ataque desta terça-feira deixou quatro mortos e 18 feridos e destruiu dezenas de casas.
As equipes que rastreavam os escombros em parte da ilha encontraram nesta quarta-feira os dois primeiros corpos de civis.
Tratam-se de dois operários de cerca de 60 anos que trabalhavam na base de Yeonpyeong, a principal região atingida pelo ataque e onde nesta terça-feira foram registradas duas baixas militares.
O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, afirmou que o país aumentará o número de peças de artilharia na ilha de Yeonpyeong, assim como o alcance e calibre dos obuses, depois que nesta terça-feira cerca de 80 projéteis norte-coreanos destruíram a região em seu ataque.
O titular da Defesa ressaltou que a Coreia do Norte realizou uma manobra deliberada para consolidar a liderança de Kim Jong-un, filho mais novo do ditador norte-coreano, Kim Jong-il.
A Coreia do Sul também anunciou nesta quarta-feira a suspensão do envio da ajuda humanitária prometida à Coreia do Norte por causa das inundações que afetaram o país em agosto.
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Sul-coreanos observam a nuvem de fumaça formada pelo ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong
Foto: AP
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Televisor mostra mapa das Coreias e indica local do ataque à ilha de Yeonpyeong, no Mar Amarelo
Foto: AP
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O presidente sul-coreano Lee Myung-Bak conversa com o ministro da Defesa, Kim Tae-Young, durante encontro em Seul
Foto: AP
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Em loja de eletrônicos de Tóquio, televisor transmite fala do presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak
Foto: AP
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Militares sul-coreanos cruzam rio enquanto se preparam para um possível conflito armado com o Norte
Foto: Reuters
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Soldados sul-coreanos usam tanques e fazem exercícios militares, depois do bombardeio da Coreia do Norte
Foto: Reuters
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Militares sul-coreanos usam embarcações para treinamentos, uma preparação para um eventual conflito
Foto: Reuters
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O premiê japonês, Naoto Kan, fala a repórteres em em Tóquio: alerta para que país esteja preparado
Foto: Reuters
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Soldados sul-coreanos fazem exercícios de preparação para um possível ataque do país vizinho, em Yeoju
Foto: Reuters
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Construções pegam fogo depois do bombardeio norte-coreano à ilha sul-coreana de Yeonpyeong
Foto: AP
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Soldados sul-coreanos fazem fila para comprar passagens e retornar à sua base militar, em Seul
Foto: AFP
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Militares norte-coreanos fazem guarda próximo ao rio Yalu, perto da cidade de Sinuiju, na Coreia do Norte
Foto: Reuters
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Soldados norte-coreanos trabalham próximo às margens do rio Yalu, do outro lado da fronteira
Foto: Reuters
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Lee Hong-ki, chefe de operações militares sul-coreanas, concede entrevista no Ministério da Defesa
Foto: Reuters
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Colunas de fumaça se formam em locais atingidos pelos disparos norte-coreanos, na ilha de Yeonpyeong
Foto: AFP
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Moradores que foram evacuados da ilha de Yeonpyeong desembarcam no porto de Incheon, em Seul
Foto: AP
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Em Seul, jovens leem edição especial de jornal sobre o ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong
Foto: AP
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Rua da ilha de Yeonpyeong fica abandonada, um dia depois dos disparos norte-coreanos em direção ao Sul
Foto: AFP
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Em imagem aérea, construções próximas à costa da ilha ficam destruídas após os disparos
Foto: Reuters
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Moradora carrega criança enquanto recebe ajuda para sair da ilha de Yeonpyeong e ir para um local seguro
Foto: Reuters
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Helicóptero militar sobrevoa a ilha de Yeonpyeong, um dia depois dos disparos
Foto: Reuters
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Construções da ilha de Yeonpyeong foram completamente destruídas pelo bombardeio
Foto: Reuters
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Bombeiros mexem em destroços de casas destruídas pelos disparos norte-coreanos
Foto: Reuters
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Em imagem aérea, construções ficam destruídas após o ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong
Foto: EFE
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Moradores observam a destruição provocada pelo bombardeio na ilha sul-coreana
Foto: AP
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Bombeiros apagam incêndio em uma casa na ilha sul-coreada de Yeonpyeong após o bombardeio do Norte
Foto: AP
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Repórter aponta marca de disparo em um muro, na ilha sul-coreana de Yeonpyeong
Foto: AP
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Uma soldado faz patrulha do lado norte-coreano da fronteira
Foto: AP
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Parentes dos civis mortos durante o bombardeio choram enquanto os corpos são transportados
Foto: AFP
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Moradora volta à ilha sul-coreana de Yeonpyeong para buscar seus pertences
Foto: AP
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Policiais carregam o caixão de uma das quatro vítimas do bombardeio, no porto de Incheon, em Seul
Foto: AFP
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Navio da Marinha sul-coreana faz patrulha próximo à ilha de Yeonpyeong, que foi atacada
Foto: AP
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Soldados fazem patrulha com tanque na ilha de Yeonpyeong, próximo à fronteira com a Coreia do Norte
Foto: AFP
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Uma ponte sobre o rio Yalu liga as cidades de Siniuju, do Norte, e Dandong, no Sul
Foto: AFP
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Barco de turismo chinês navega pelo rio Yalu, próximo à fronteira entre as duas Coreias
Foto: AFP