Empresário conservador lidera pesquisa de eleição presidencial no Paraguai

18 mar 2013 - 16h43
(atualizado às 17h19)

O empresário Horacio Cartes, recém-chegado à política que promete levar o consevador Partido Colorado de volta ao poder no Paraguai, lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 21 de abril, segundo pesquisa publicada nesta segunda-feira.

Cartes obteve 37,3 por cento das preferências na pesquisa da consultoria local First Análisis y Estudios, publicada pelo jornal ABC, diante de 30,3 por cento do candidato do governista Partido Liberal, o advogado e ex-ministro de Obras Públicas Efraín Alegre.

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O jornalista e apresentador de televisão Mario Ferreiro, que representa uma coalizão de partidos de esquerda, está no terceiro lugar com 9,5 por cento. Um total de 13,2 por cento dos pesquisados disse não saber ou não respondeu à consulta, que tem margem de erro de 3,1 por cento.

Cartes, um rico empresário e dirigente desportivo, entrou na política há poucos anos com a promessa de levar o Partido Colorado, que governou o país por seis décadas, de novo ao governo, depois de sofrer em 2008 sua primeira derrota nas eleições presidenciais desde a abertura democrática em 1989.

Alegre, um senador que renunciou a seu assento, lidera uma aliança de pequenos partidos de centro-esquerda e é apoiado pelo presidente Federico Franco, que substituiu em junho do ano passado o ex-mandatário Fernando Lugo após sua destituição num polêmico processo de impeachment.

Lugo aceitou a decisão do Congresso de removê-lo do cargo, mas denunciou um golpe de Estado parlamentar. Agora, concorrerá a senador por outra coalizão de esquerdas chamada Frente Guasu, que tem o médico Aníbal Carrillo como candidato.

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A pesquisa da First disse que Carrillo tem apenas 1,9 por cento das intenções de voto, mas Lugo, que lidera a lista do Senado da coalizão, teria o apoio de quase 12 por cento dos eleitores, um número que a converteria na terceira força política no Senado.

As eleições acontecerão sob o olhar atento de observadores internacionais, depois que o país ficou isolado na região, principalmente pelo Mercosul, bloco econômico do qual o Paraguai faz parte, que considerou a destituição de Lugo uma quebra democrática.

A pesquisa foi realizada com mais de 1.100 pessoas em 10 dos 17 Estados do país. Os dados foram colhidos entre 9 e 15 de março.

(Reportagem de Mariel Cristaldo)

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