O governo cubano informou nesta sexta-feira que vai revogar uma suspensão aos vôos a partir de e para o México imposta desde o dia 30 de abril, afirmando que a ameaça do vírus da gripe suína que motivou a proibição está menor.
Os vôos entre os dois países devem ser retomados no dia 1º de junho, informou o Ministério da Saúde em comunicado publicado no Granma, o jornal do Partido Comunista.
Cuba proibiu os vôos para prevenir que o vírus da gripe H1N1, que já matou 95 pessoas no México, atingisse a ilha caribenha.
Até agora, o governo cubano informou apenas quatro casos confirmados da doença, também conhecida como gripe suína.
Três dos infectados são mexicanos que estudam medicina em Cuba, que recentemente voltaram de viagens a seu país. O quarto é um bebê canadense de 14 meses vindo de Toronto com seus pais.
O governo cubano disse que todos receberam tratamento e reagiram bem.
A decisão de Cuba de interromper os voos provocou um desentendimento diplomático, após o presidente do México, Felipe Calderón, ter se irritado com a medida, ameaçando adiar uma viagem planejada a Cuba.
O ex-líder cubano Fidel Castro acusou Calderón de ter demorado para dizer ao mundo a respeito do surto da gripe porque não queria que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelasse uma visita ao México em meados de abril.
Calderón negou a acusação, e seu ministro das Relações Exteriores disse que os comentários de Fidel prejudicaram as relações entre Cuba e México.
Existem normalmente ao menos cinco voos marcados diariamente entre os dois países, operados pela Mexicana Airlines e a estatal Cubana Airlines.