Mulher morre 13 dias depois de ter rosto 'desfigurado' em tentativa de feminicídio

Uma mulher de 68 anos morreu no Paraná após passar 13 dias internada ao ter o rosto 'desfigurado' por antigo companheiro em tentativa de feminicídio

8 dez 2025 - 12h09
(atualizado às 12h21)

A violência doméstica que abalou o sudoeste do Paraná teve um desfecho trágico neste domingo (7) com a morte de Ilda Alves de Paula, de 68 anos, no hospital de Francisco Beltrão. A idosa estava internada desde o fim de novembro, após ser brutalmente agredida dentro de sua própria casa, em Marmeleiro. O quadro clínico era considerado grave desde o início, já que ela apresentava o rosto "totalmente desfigurado", além de sérias dificuldades de locomoção, o que demandou cuidados intensivos e acompanhamento constante das equipes médicas.

Mulher morre 13 dias depois de ter rosto ‘desfigurado’ em tentativa de feminicídio / Reprodução:
Mulher morre 13 dias depois de ter rosto ‘desfigurado’ em tentativa de feminicídio / Reprodução:
Foto: Contigo

De acordo com informações apuradas pelas autoridades, o principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima, um homem de 74 anos, que teria voltado a conviver com a família cerca de 15 dias antes do episódio, sob a justificativa de facilitar o cuidado entre ambos. No entanto, após a agressão, ele deixou a cidade, levantando suspeitas imediatas. Durante diligências, a polícia identificou que um homem com suas características havia comprado uma passagem intermunicipal e foi localizado na rodoviária de Pato Branco, prestes a seguir viagem rumo a Santa Catarina.

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Investigação e mudança na tipificação do crime

Inicialmente, a Polícia Civil do Paraná havia concluído o inquérito e indiciado o suspeito por tentativa de feminicídio. Contudo, com a confirmação da morte de Ilda Alves de Paula, a investigação será reaberta para complementação, e a tipificação do crime passará oficialmente para feminicídio. A prisão, que já era preventiva, foi mantida, enquanto as autoridades trabalham na coleta de novos depoimentos e no aprofundamento das provas reunidas.

No momento da abordagem, o homem alegou que teria deixado a cidade após um "desentendimento" com a ex-esposa, versão que contradiz o cenário encontrado pelas filhas da vítima, que a localizaram acamada e com o rosto "totalmente desfigurado". O caso segue em investigação e provocou forte comoção na comunidade local, reacendendo debates sobre violência contra a mulher e a necessidade de proteção mais efetiva às vítimas em situação de vulnerabilidade.

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