O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça de Guaíba, ingressou com recurso no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul para que o caso da morte da menina Kerollyn seja encaminhado ao Tribunal do Júri, instância constitucional responsável por julgar crimes contra a vida. A medida foi protocolada nesta segunda-feira (15) pelo promotor de Justiça Fernando Cesar Sgarbossa.
No recurso, o Ministério Público sustenta que o conjunto de condutas atribuídas à ré ultrapassa o mero descumprimento de deveres de cuidado e deve ser analisado pelo Conselho de Sentença. Além disso, o MPRS também pediu o restabelecimento da prisão preventiva da acusada, que havia sido substituída anteriormente por medidas cautelares menos gravosas.
Kerollyn, de 9 anos, foi encontrada morta dentro de um contêiner de lixo em Guaíba, no dia 9 de agosto de 2024. De acordo com o Ministério Público, a mãe da criança teria descumprido o dever legal de proteção ao criar risco de morte, inclusive ao ministrar medicamento à filha, circunstâncias que, para a acusação, justificam a submissão do caso ao Tribunal do Júri.