O Instituto Datafolha divulgou os resultados de sua mais recente pesquisa de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento, realizado entre os dias 2 e 4 de dezembro, ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 113 municípios do Brasil. A margem de erro estimada para a pesquisa geral é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A avaliação do governo foi classificada como "ótimo" ou "bom" por 32% dos entrevistados, enquanto 37% a consideraram "ruim" ou "péssimo". A parcela que classificou a gestão como "regular" totalizou 30%.
Ao comparar esses dados com a pesquisa anterior do Datafolha, realizada em setembro, a oscilação nos índices de percepção se enquadra na margem de erro. Em setembro, a aprovação ("ótimo" ou "bom") era de 33%, a reprovação ("ruim" ou "péssimo") era de 38%, e 28% consideravam o governo "regular". O instituto, com base na margem de erro, concluiu que a quantidade de entrevistados que avaliam a gestão como "bom" ou "ótimo" permaneceu em um patamar de estabilidade.
A pesquisa também detalhou a percepção da população sobre o desempenho pessoal do presidente Lula. Neste quesito, o panorama geral também é de estabilidade, apresentando números ligeiramente superiores à avaliação da gestão. Um total de 49% dos eleitores declarou aprovar o trabalho individual de Lula, representando uma leve alta em relação aos 48% da pesquisa de setembro. A desaprovação se manteve em 48%, o mesmo índice registrado no levantamento anterior.
-
Ótimo ou Bom: 32% (redução de 1 ponto percentual em relação aos 33% de setembro).
-
Regular: 30% (aumento de 2 pontos percentuais em relação aos 28% de setembro).
-
Ruim ou Péssimo: 37% (redução de 1 ponto percentual em relação aos 38% de setembro).
-
Não sabe/Não respondeu: 1% (redução de 1 ponto percentual em relação aos 2% de setembro).
A pesquisa Datafolha ressalta que os padrões de aprovação ao presidente continuam alinhados a recortes socioeconômicos e geográficos específicos. Grupos populacionais como os maiores de 60 anos (40%), os menos escolarizados (44%), a população da região Nordeste (43%) e os católicos (40%) apresentaram taxas de avaliação "ótimo" ou "bom" acima da média nacional.
Em contrapartida, grupos com maior incidência de reprovação ("ruim" ou "péssimo") incluem aqueles com ensino superior (46%), os eleitores que possuem renda mensal de cinco a dez salários mínimos (53%), os moradores da região Sul (45%) e os evangélicos (49%).
A pesquisa também buscou captar o potencial impacto de políticas econômicas, como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil. Entre os trabalhadores que ganham de dois a cinco salários mínimos, o índice de aprovação do presidente Lula registrou uma alta de quatro pontos. Contudo, o Datafolha pondera que essa variação se encontra dentro da margem de erro para este recorte específico, o que impede uma conclusão categórica sobre um impacto eleitoral claro neste momento.
Em uma comparação histórica, o presidente Lula apresenta uma avaliação melhor que seu antecessor, Jair Bolsonaro, no mesmo período (2021) do mandato. Naquela época, Bolsonaro registrava 53% de avaliação "ruim" ou "péssimo" e apenas 22% de "ótimo" ou "bom". A pesquisa atual sobre o governo Lula e seus índices de aprovação demonstra um cenário de estabilidade na percepção pública, conforme mensurado pelo Datafolha.