Pesquisas de boca de urna apontaram no domingo vitória do presidente do Equador, Daniel Noboa, em um referendo que abordou não apenas a escalada da violência no país, mas também questões econômicas. O país vive uma grave crise de segurança, protagonizada por grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas.
Segundo as sondagens realizadas, das 11 propostas submetidas à votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) — seis relativas a reformas jurídicas e cinco, a emendas constitucionais —, nove foram aprovadas.
Durante a votação, o diretor de uma penitenciária, empossado na semana passada, foi assassinado, lembrando como o país, antes conhecido antes conhecido como uma ilha de relativa paz na América do Sul, tornou-se um território fértil para quadrilhas que aterrorizam a população.
Proposta do referendo no Equador
Uma das cinco propostas para mudanças na Constituição despertou grande atenção de eleitores, analistas políticos e especialistas em segurança pública por tratar da permissão de que as Forças Armadas atuem com a polícia no combate ao crime organizado.
Atualmente, os militares estão a cargo da defesa do país e da soberania nacional do Equador, e não existe previsão legal sobre seu emprego contínuo em ações de combate ao crime.
Desde janeiro, contudo, o emprego nas ruas foi permitido sob a declaração de "estado de conflito armado interno", medida adotada por Noboa após o país mergulhar no caos depois da fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, líder da facção criminosa Los Choneros, de um presídio em Guayaquil.
O decreto segue em vigor e, segundo a boca de urna da empresa Infinity Estrategas, a proposta no referendo teve o apoio de 79,70 % dos eleitores.
En Quito, el presidente
@DanielNoboaOk
participó en la inauguración del proceso de
#ReferéndumYConsulta2024
. Hoy, cerca de 13'654.291 electores están habilitados para sufragar. El Mandatario destacó que "es el día en el que sepultaremos a un viejo país de violencia, angustia y…
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