'Não aumentaremos tributos para resolver déficit fiscal', diz Persio Arida

Coordenador do programa econômico do candidato do PSDB à Presidência defendeu a simplificação da estrutura tributária no País

15 ago 2018 - 18h52

RIO - O economista Persio Arida, coordenador do programa econômico do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu a simplificação da estrutura tributária no País para atrair investimentos e gerar competitividade.

"Reforma tributária é um tema chato, complicado e hipotético. Temos uma arrecadação tributária muito alta, que não se traduz em serviços de qualidade para a população. E temos outro problema, apesar de arrecadação alta, temos déficit elevado. Não vamos aumentar a carga tributaria para resolver o déficit. Aumento de impostos resolve temporariamente o déficit, depois surgem novos gastos", afirmou Arida, ex-presidente do Banco Central e um dos criadores do Plano Real.

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Em palestra para jovens e integrantes do PSDB, no Rio, o coordenador do programa econômico do PSDB disse que o plano de governo de Alckmin não prevê elevação de impostos, mas sim possíveis compensações. Ele lembrou que embora a carga tributária no País tenha crescido nos últimos anos, o déficit só fez aumentar.

"O que temos que fazer, pelo contrário, é reduzir a carga tributária. Temos condições de fazer isso no momento? Gostaria de dizer que sim. Mas não dá, por causa do déficit elevado", lamentou.

Se Alckmin for eleito, a equipe econômica trabalhará para tornar a carga tributária socialmente mais justa e eliminar distorções.

"Precisamos atrair capitais do mundo todo para o Brasil. Tem que criar condições para atrair capitais e investimento estrangeiro", lembrou Arida.

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Segundo o economista, o objetivo é reproduzir modelos adotados mundo afora, com redução de impostos corporativos, que seriam compensados tributando lucros e dividendos. "Tem vantagem nesse processo", garantiu.

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