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Ministro defende gasolina com “z” e elogia debate pedagógico

27 out 2013 - 20h29
(atualizado às 20h34)
Mercadante explica polêmica de gasolina grafada com 'z' no Enem
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O ministro Aloizio Mercadante, da Educação, rebateu neste domingo as críticas sobre uma charge publicada em uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no sábado e que trouxe a palavra “gasolina” grafada com a letra “z”. Segundo o ministro, houve uma escolha por preservar a “obra de arte” e a linguagem utilizada na época de sua publicação original.

“Nós tínhamos ali uma charge de 1960 que contextualizava o tema da pergunta e que estimulava certa reflexão da história. Não só gasolina estava com ‘z’, como em seguida tem o Jeca, que é um personagem da charge, que usa ‘dotô’ no lugar de doutor. Quando se trata de uma charge, você está lidando com uma linguagem artística. Como pode o Inep alterar uma obra de arte por qualquer motivo que seja?”, questionou Mercadante.

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O ministro estava municiado contra qualquer intervenção sobre a questão. Ao ser questionado, ele utilizou de um balanço feito por sua equipe que apontava a publicação de gasolina com “z” em jornais de circulação nacional como O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, inclusive em anos recentes.

“Se esse argumento vale, então a imprensa brasileira está cometendo o mesmo deslize. Certamente foram citações contextualizadas, prefiro acreditar”, rebateu.

Mercadante ainda foi questionado por um jornalista sobre a publicação da mesma charge em um vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em 2003. Lá, no entanto, a banca responsável pela prova preferiu manter o padrão vigente e utilizou a grafia correta da palavra gasolina. O ministro disse que esse é um “debate pedagógico” saudável, mas que o autor do livro que traz a charge defendeu sua publicação na prova do Enem da forma original.

Enem

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado há 15 anos e se consolidou como um dos índices de avaliação da educação brasileira e também como principal meio de acesso às universidades públicas do Brasil. Atualmente, apenas duas das 10 principais instituições federais ainda não adotaram a prova para ingresso por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) – situação que, seguindo a tendência atual, deve atingir 100% de adesão nos próximos anos.

Em 2013, foram mais de 7 milhões de inscritos, que podem concorrer a cerca de 1,1 milhão de vagas em instituições públicas e privadas por meio do Sisu, do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As provas ocorreram neste fim de semana, sábado e domingo. No primeiro dia, foram aplicados os testes de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Os candidatos tiveram quatro horas e trinta minutos para resolver as questões. Já no segundo dia foram resolvidas as questões de Linguagens, Códigos e suas TecnologiasMatemática e suas Tecnologias e Redação. No domingo, em virtude da Redação, os candidatos tiveram uma hora a mais para terminar o exame.

O gabarito oficial do Enem 2013 será divulgado na página do Inep, órgão responsável pela realização do exame, até o dia 30 de outubro. Até lá, você pode conferir abaixo a correção comentada pelos professores do Cursinho da Poli, ou neste link o gabarito extraoficial de todas as provas sugerido pelos professores do Sistema Ari de Sá, que também comentam as provas em vídeo.

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Fonte: Terra
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